Agende a sua consulta

O que é falha repetida de implantação e o que fazer nesses casos?

Por Equipe Origen

Publicado em 25/01/2021

A gravidez é um processo complexo e para haver sucesso todas as etapas devem funcionar corretamente.

Durante o ciclo menstrual, pela ação de diferentes hormônios, vários folículos (bolsas que contém o óvulo primário) crescem porém, apenas um deles se torna dominante, se desenvolve, amadurece e rompe, liberando o óvulo para fecundação (ovulação).

O óvulo liberado é capturado pelas tubas uterinas onde a fusão com o espermatozoide acontece. Após ser fecundado, se transforma em zigoto (célula-ovo), que passa por sucessivas divisões celulares formando o embrião, que implanta no endométrio.

Para saber o que é falha de implantação e o que fazer quando ela ocorre, é só continua a leitura até o final.

Entenda o que é implantação do embrião no endométrio e por que é importante

O termo implantação do embrião é usado para definir o processo pelo qual o embrião se fixa ao endométrio, camada que reveste internamente o útero: nos primeiros dias de vida o embrião viaja pelas tubas uterina até o útero para implantar. O processo é conhecido, ainda, como nidação e acontece aproximadamente no sexto dia de desenvolvimento, dando início a gestação.

O endométrio é responsável por abrigá-lo e nutri-lo até que a placenta seja formada. Para isso também é preparado mensalmente: estimulado pelos hormônios femininos estrogênio e progesterona aumenta em espessura durante o ciclo menstrual, tornando-se mais receptivo para a implantação durante o período conhecido como ‘janela de implantação’.

A implantação ocorre entre o quinto e sexto dia do desenvolvimento embrionário, fase conhecida como blastocisto.

Em alguns casos, entretanto, algumas condições podem interferir no ciclo endometrial causando um deslocamento da janela de implantação, resultando em falhas na implantação, na gestação natural ou nos tratamentos por fertilização in vitro (FIV).

Falhas de implantação na gestação natural

Embora diversas condições possam interferir na implantação do embrião, em mulheres mais jovens, até os 35 anos, a endometrite é apontada, atualmente, como um dos principais fatores de risco.

Endometrite é a inflamação do endométrio e pode ser aguda ou crônica. A aguda geralmente é provocada por resíduos placentários ou abortivos, pela doença inflamatória pélvica (DIP), consequência de infecções sexualmente transmissíveis como clamídia e gonorreia, ou por processos inflamatórios do trato genital. É transitória e dura pouco tempo.

Quando não é adequadamente tratada pode se tornar crônica, causando interferências no ciclo endometrial. O tratamento de endometrite, entretanto, é bastante simples, realizado por antibióticos, indicados de acordo com cada tipo de bactéria. Quando a inflamação é consequência de bactérias sexualmente transmissíveis, o parceiro sexual também deverá ser investigado e tratado para evitar a reinfecção.

Nos casos em que a inflamação é provocada por resíduos, por outro lado, eles devem ser cirurgicamente removidos.

Com a cura da infecção e as falhas na implantação são corrigidas e a gravidez tende a desenvolver normalmente.

A falha de implantação em mulheres mais jovens pode ainda ocorrer como consequência alterações genéticas.

Falhas de implantação na fertilização in vitro (FIV)

Na FIV, quando não há sucesso gestacional após três ciclos de tratamento com a transferência de embriões de boa qualidade, a condição pode ser definida como falha repetida de implantação.

Assim como na gestação natural, pode ser consequência do deslocamento da janela de implantação provocado pela endometrite ou alterações cromossômicas.

As anormalidades cromossômicas ocorrem em embriões e são um pouco mais prevalentes em mulheres mais velhas, uma vez que a qualidade dos óvulos piora com o passar do tempo. Embriões mais velhos podem ter uma qualidade inferior, dificultando a fixação (implantação) no endométrio. Erros durante a divisão celular do embrião também podem resultar em aneuploidia. Casais que apresentam alterações cromossômicas também têm um risco aumentado de ter embriões aneuploides e assim ter um risco de falha de implantação de repetição.

Na FIV, uma possibilidade é realizar o PGT, embora ele seja mais indicado para evitar a transmissão de doenças genéticas conhecidas no casal:

  • Teste genético pré-implantacional (PGT): o PGT é uma ferramenta molecular que utiliza a tecnologia genética NGS, next generation sequencing, para analisar as células do embrião. A análise possibilita a seleção dos embriões de melhor qualidade, minimizando as chances de falhas de implantação.

A falha de implantação do embrião, portanto, apesar de ser um dos principais fatores de infertilidade feminina, pode ser solucionada na maioria dos casos, na gestação natural ou na FIV.

Entenda melhor como a FIV funciona. Toque aqui.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.