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Sofri um aborto: o que fazer?

Sofri um aborto: o que fazer?

Embora a maioria das pessoas pense que engravidar é fácil, isso não é totalmente verdade. A gravidez é um processo complexo e são necessárias diferentes etapas para que ela aconteça. Para haver sucesso, os sistemas reprodutores feminino e masculino devem funcionar perfeitamente. Caso contrário, pode haver infertilidade, tanto masculina como feminina.

Dessa forma, as chances são de aproximadamente 20% a cada ciclo menstrual durante a idade fértil e diminuem progressivamente com o envelhecimento, uma vez que a reserva ovariana, que reflete a quantidade de folículos presentes nos ovários (bolsas que armazenam os óvulos), diminui a partir dos 35 anos.

Por outro lado, ainda que todos os critérios sejam atendidos, pode haver falhas, resultando em abortamento, nem sempre percebido pela mulher. Continue a leitura até o final para saber o que fazer quando isso acontece e em quais casos a perda de gravidez indica problemas na saúde reprodutiva feminina.

O que é abortamento e abortamento de repetição?

Abortamento é o termo que define a perda de gravidez que ocorre até 20ª semana de gestação. Apesar de aborto ser popularmente utilizado para definir o problema, clinicamente significa o produto da concepção eliminado.

Geralmente ocorre logo após a implantação do embrião, processo que marca o início da gravidez, conhecido ainda como nidação: nele o embrião se fixa ao endométrio, camada interna do útero que vai abrigá-lo e garantir sua nutrição até a placenta se forme para assumir a função.

A implantação ocorre no final do ciclo menstrual, quando o endométrio após ser preparado pela ação do estrogênio e progesterona, adquire a espessura ideal para receber o embrião. Porém, se a concepção não ocorrer, ele descama, originando a menstruação e um novo ciclo.

Por isso, muitas vezes o abortamento não é percebido pela mulher, pois o sangramento, um dos sintomas comuns à perda gestacional, se confunde com o fluxo menstrual.

Ainda que seja normal nem todas as gestações serem bem-sucedidas – de acordo com estudos uma boa parte resulta em perda – quando ocorre por mais de três vezes consecutivas e a gravidez foi clinicamente reconhecida, entretanto, a condição é chamada abortamento de repetição.

Estudos também indicam que entre 10% e 25% de todas as gestações clinicamente reconhecidas resultam em abortamento.

Abortamento pode indicar infertilidade? O que causa o problema?

Na maioria dos casos o abortamento não interfere em futuras gestações, que desenvolvem normalmente após a ocorrência. Apenas o abortamento de repetição é um fator indicativo de preocupação.

É causado principalmente por anormalidades cromossômicas no embrião, levando a falhas na implantação e abortamento.

Essas anormalidades cromossômicas são chamadas aneuploidias e são comuns ao avanço da idade, da mesma forma que podem ser motivadas por processos inflamatórios que afetam o sistema reprodutor de mulheres e homens, normalmente consequência de uma infecção sexualmente transmissível (IST).

Outras condições que afetam a saúde materna podem, da mesma forma, causar a perda de gravidez ou interferir na implantação do embrião, entre elas distúrbios hormonais, anormalidades na anatomia do útero, doenças como trombofilia, diabetes e autoimunes, incluindo o Lúpus e Tireoide de Hashimoto.

O que fazer quando há abortamento?

Quando há ocorrência de abortamento de repetição o médico deve ser consultado para que as causas sejam investigadas e o tratamento definido.

É importante procurar um especialista mesmo nos casos em que o abortamento não acontece de forma consecutiva, ou seja, são eventos isolados, uma vez que a cada perda as chances de engravidar se tornam menores.

Além do sangramento, que pode se confundir com o fluxo menstrual, outros sintomas contribuem para alertar sobre o problema, como cólicas de maior intensidade que não aliviam após o uso de medicamentos, expulsão de tecidos com coágulo, muco rosado e perda repentina de peso.

Exames laboratoriais e de imagem são realizados em ambos os parceiros para identificar a causa. Os resultados diagnósticos orientam o tratamento mais adequado para cada paciente.

Quase sempre o problema pode ser solucionado após o tratamento e a gravidez desenvolve normalmente. Se não houver sucesso ou o abortamento for provocado por anormalidades cromossômicas, o que acontece em pelo a metade dos casos, é indicado o tratamento por fertilização in vitro (FIV).

A FIV é considerada a principal técnica de reprodução assistida e, além do tratamento principal, reúne um conjunto de técnicas complementares, que possibilitam a solução de diversos problemas que podem resultar em perda gestacional.

Uma delas é o teste genético pré-implantacional (PGT), que utiliza a tecnologia NGS, next generation sequencing, ou sequenciamento de nova geração para analisar as células embrionárias, possibilitando, assim, a transferência para o útero apenas dos embriões mais saudáveis.

A fertilização in vitro (FIV) registra percentuais bastante expressivos de sucesso gestacional, em média 40% por ciclo de realização do tratamento, que pode ser realizado por vários ciclos, embora a gravidez normalmente ocorra durante os primeiros.

Toque aqui e entenda tudo sobre a infertilidade feminina.

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