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SOP: sintomas e autoestima

Por Equipe Origen

Publicado em 06/12/2022

A síndrome dos ovários policísticos, também conhecida por sua sigla SOP, é a principal causa de infertilidade feminina por anovulação. No entanto, essa condição não prejudica somente as chances de gravidez. Outro importante impacto está na autoestima da mulher, em razão das possíveis alterações estéticas.

Para compreender o que é a SOP, é importante começarmos falando sobre os ovários. Esses são os órgãos responsáveis pela ovulação e pela produção dos hormônios femininos, estrogênio e progesterona.

Os óvulos que a mulher poderá liberar ao longo da vida fértil ficam armazenados na reserva ovariana. A cada ciclo menstrual, os hormônios secretados pela hipófise, FSH e LH, estimulam a função dos ovários para que ocorra a ovulação.

Na fase pós-ovulatória do ciclo, os estrógenos e a progesterona são secretados pelo corpo-lúteo — estrutura resultante do folículo ovariano que liberou o óvulo. Esses hormônios agem sobre a camada interna do útero (endométrio) para deixá-lo em condições adequadas de receber um embrião.

Agora que já vimos a importância dos ovários para a fertilidade, vamos prosseguir com as informações sobre a SOP e sua relação com a autoestima da portadora. Acompanhe!

O que é SOP?

A SOP é uma disfunção endócrina que afeta o funcionamento dos ovários, mas também repercute de outras formas no organismo feminino. Portanto, vale esclarecer que, apesar de ser denominada síndrome dos ovários policísticos, não se trata de uma doença ovariana, mas de uma endocrinopatia.

Os critérios que caracterizam a SOP incluem:

  • sinais de hiperandrogenismo;
  • amenorreia ou oligomenorreia;
  • presença de policistos ovarianos.

O hiperandrogenismo se refere à concentração aumentada de hormônios andrógenos, como a testosterona, no corpo da mulher. Os sinais clínicos são aqueles que se manifestam e são identificados pela própria portadora ou pelo médico — ginecologista ou endocrinologista. Já os sinais laboratoriais são confirmados por meio de exames.

Amenorreia e oligomenorreia são irregularidades menstruais caracterizadas, respectivamente, pela ausência de menstruação ou por períodos menstruais infrequentes e com intervalos prolongados. Isso ocorre como consequência da anovulação (ausência de ovulação) que, por sua vez, resulta do mau funcionamento ovariano decorrente da SOP.

Por fim, a policistose ovariana é confirmada por ultrassonografia pélvica transvaginal conjuntamente com exames laboratoriais. O exame pode identificar tanto a presença dos microcistos quanto o aumento do volume dos ovários.

Quais são os sinais e sintomas de SOP?

Os sinais e sintomas, assim como a gravidade deles, pode variar de uma portadora para outra, mas normalmente incluem:

  • irregularidades menstruais;
  • hirsutismo;
  • alopecia;
  • pele oleosa;
  • acne;
  • seborreia;
  • aumento da gordura abdominal.

A infertilidade também é um sinal de SOP, visto que a função ovulatória pode ser prejudicada. Sem ovulação, não há óvulo para ser fecundado e, nessa situação, não tem como a gravidez acontecer.

Ainda que um óvulo seja liberado em algum ciclo e seja fertilizado, a secreção de estrógenos e progesterona pode sofrer alterações pelo excesso de hormônios andrógenos, causando deficiência lútea. Dessa forma, o útero não é devidamente preparado para a implantação embrionária.

Por que a SOP pode afetar a autoestima da mulher?

Embora não cause sintomas de dor, a SOP pode impactar a qualidade de vida e a autoestima da mulher. Isso ocorre principalmente devido ao hiperandrogenismo, mas também em razão da infertilidade.

As manifestações de hiperandrogenismo podem modificar a estética feminina, afetando a pele, o cabelo e até o peso corporal. Vamos retomar esses sinais clínicos de forma mais explicativa:

  • hirsutismo — crescimento de pelos em locais tipicamente masculinos, como no rosto, no peito e no abdômen;
  • alopecia — queda ou rareamento de cabelo em algumas áreas, chegando a abrir falhas visíveis no couro cabeludo;
  • seborreia — inflamação cutânea que causa descamação e as conhecidas caspas;
  • aumento da oleosidade da pele e consequentemente surgimento de acne (cravos, espinhas e cicatrizes).

A SOP está relacionada, ainda, ao ganho de peso e aumento da circunferência abdominal. O sobrepeso e a obesidade também são apontados como fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome, pois provocam o aumento de hormônios andrógenos.

Dependendo da gravidade dos sinais da SOP, os impactos na autoestima podem ser severos, levando a transtornos emocionais e comportamentos não adaptativos, como ansiedade, depressão, esquiva social e conflitos nas relações pessoais.

Por fim, é importante esclarecer que, como problema endócrino, a SOP pode ter tanto repercussões estéticas quanto metabólicas. Resistência à insulina (condição que causa diabetes), dislipidemia (aumento de colesterol e triglicérides) e hipertensão arterial fazem parte da síndrome metabólica e aumentam o risco cardiovascular.

Como é feito o tratamento da SOP?

Um dos fatores determinantes na escolha do tratamento da SOP é a intenção de gravidez da paciente. Mulheres que não querem engravidar, por enquanto, podem fazer o uso de medicação hormonal com anticoncepcionais orais combinados e fármacos de ação antiandrogênica. Isso ajuda a normalizar os ciclos menstruais e diminui a manifestação do hiperandrogenismo.

Quando há intenção de engravidar, indicamos estimulação ovariana e indução da ovulação. São técnicas feitas com administração de medicamentos que aumentam a função dos ovários, levando ao amadurecimento de vários óvulos.

Além do diagnóstico de SOP e sua origem, que pode ser periférica, ovariana ou suprarrenal, o casal é avaliado para saber se há outros fatores de infertilidade. Assim, conforme os resultados da investigação e considerando a idade da paciente, o tratamento de reprodução assistida é personalizado, podendo ser feito com relação sexual programada, inseminação artificial ou fertilização in vitro (FIV).

Veja também o texto principal sobre síndrome dos ovários policísticos e conheça outros aspectos relacionados!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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