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Testosterona e sua relação com a fertilidade feminina

Testosterona e sua relação com a fertilidade feminina

Você já deve saber que a testosterona é o principal hormônio masculino, responsável pelas funções sexuais — produção de espermatozoides, libido e ereção — e pelo desenvolvimento de características próprias do homem, como voz grossa, pelos faciais e corporais, maior densidade óssea e aumento de massa muscular. Entretanto, é menos conhecido o fato de que fertilidade feminina e testosterona também tem alguma relação.

Apesar de ser um hormônio predominantemente masculino, a testosterona também está presente no corpo da mulher, porém em níveis muito mais baixos. O aumento na concentração desse andrógeno pode colocar em risco a fertilidade feminina.

Continue a leitura e compreenda qual é a função da testosterona na fertilidade feminina e quais são os riscos do aumento nos níveis desse hormônio.

Qual é a função da testosterona no corpo da mulher?

No organismo feminino, a testosterona também ajuda no desejo sexual e na constituição da massa magra e da densidade óssea, mas a concentração do hormônio é bem menor que no corpo masculino.

Enquanto no homem o nível normal varia de 300 a 1000 ng/dl (nanograma por decilitro de sangue), na mulher em idade fértil esse valor não passa de 59 ng/dl — após a menopausa, a concentração é ainda menor.

A pequena quantidade de testosterona feminina é produzida nos ovários e nas glândulas adrenais ou suprarrenais. O hormônio pode ter ação direta ou ser convertido em outras substâncias, como a di-hidrotestosterona e o estrogênio.

Quais são as consequências da alteração nos níveis de testosterona?

O organismo precisa de equilíbrio hormonal para manter o bom funcionamento. O aumento na concentração de testosterona acarreta falhas nas funções femininas, a exemplo da ovulação.

Os valores de referência considerados normais em mulheres não estão bem definidos. O exame de dosagem hormonal pode ser solicitado quando há suspeita de hiperandrogenismo — níveis elevados de andrógenos.

A principal doença associada ao aumento de testosterona no corpo da mulher é a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Pode causar irregularidades menstruais e anovulação (ausência de ovulação), prejudicando a fertilidade feminina e causando alterações estéticas como acne, seborreia, alopecia e crescimento de pelos faciais e corporais.

Outras consequências da testosterona elevada no organismo da mulher são engrossamento da voz, aumento clitoriano, risco de problemas cardiovasculares, entre outros. Essas alterações são decorrentes, inclusive, do uso inadequado do hormônio para outros fins, como aumento de massa muscular. Nesses casos, a mulher ainda pode desenvolver depressão após a interrupção da medicação hormonal e transtornos psicológicos relacionados à alimentação e à autoimagem corporal.

O que pode causar o aumento de testosterona na mulher?

O aumento de testosterona pode ter relação com problemas nos ovários ou nas suprarrenais, como câncer de ovário, tumor ou hiperplasia na glândula adrenal. Contudo, o uso abusivo de esteroides anabolizantes é a causa mais comum do excesso desse hormônio no corpo feminino.

Como uma das principais ações da testosterona é a constituição da massa muscular, a procura por anabolizantes é grande por parte de homens e mulheres com objetivos estéticos ou esportivos. Entretanto, essa prática é desaconselhada pelos profissionais de saúde, devido aos riscos que o excesso do hormônio oferece ao organismo no curto e longo prazo — como a redução da fertilidade feminina.

Somente mulheres diagnosticadas com a síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH) podem receber indicação para o teste terapêutico com baixas doses de testosterona. Os androgênios atuam como moduladores do apetite sexual, porém a libido feminina é mais complexa que a masculina e também é influenciada por fatores emocionais e estímulos físicos específicos. Portanto, o diagnóstico dessa síndrome precisa ser bem embasado.

Importante esclarecer que os casos de SOP não são provocados pelo uso de testosterona exógena. Trata-se de uma endocrinopatia de origem multifatorial que pode envolver componentes genéticos, fatores metabólicos, distúrbios endócrinos como a resistência insulínica, obesidade e estilo de vida.

O que fazer diante da infertilidade feminina?

Mulheres com níveis irregulares de testosterona e infertilidade feminina prejudicada devem buscar ajuda médica especializada se desejarem engravidar. Exames laboratoriais e de imagem, principalmente a ultrassonografia pélvica, são úteis para identificar os problemas que impedem a paciente de chegar à uma gestação espontânea.

Na reprodução assistida, técnicas são aplicadas para superar os fatores de infertilidade feminina e masculina e aumentar as chances de gravidez. Pacientes com disfunções ovulatórias — causadas por SOP ou outros distúrbios hormonais — são auxiliadas com a estimulação ovariana, que demanda o uso de medicamentos específicos para promover o crescimento e o amadurecimentos de vários óvulos.

A estimulação ovariana é o primeiro passo dos tratamentos de reprodução assistida. Os de baixa complexidade — relação sexual programada e inseminação artificial — são indicados para os problemas mais simples, como as falhas de ovulação. A fertilização in vitro (FIV), técnica mais complexa, pode ajudar até nos casos mais graves, como obstrução tubária, doenças uterinas, infertilidade masculina, alterações genéticas e idade materna avançada.

Finalizando, podemos ressaltar que testosterona e fertilidade feminina têm relação, uma vez que o hormônio, mesmo em níveis baixos, também é um dos moduladores da função sexual da mulher, assim como na qualidade do óvulo. No entanto, o aumento dessa substância requer avaliação e tratamento.

Gostou deste post? Então, confira também nosso texto principal sobre infertilidade feminina!

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