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TetraStim: veja como é feito

Por Equipe Origen

Publicado em 25/03/2022

O TetraStim é um protocolo de estimulação ovariana que nós, da Clínica Origen, desenvolvemos para aumentar o número de óvulos coletados para os tratamentos de fertilização in vitro (FIV).

A FIV é a técnica de maior complexidade da reprodução assistida. De forma resumida, o tratamento envolve a coleta dos óvulos e espermatozoides, a fertilização em laboratório e a transferência dos embriões para o útero da paciente após alguns dias de cultivo embrionário.

Para coletar múltiplos óvulos, realiza-se a estimulação ovariana. O procedimento é feito com a administração de medicamentos hormonais que ajudam os ovários a desenvolverem mais folículos, os quais armazenam os óvulos. No entanto, nem todas as mulheres respondem bem à estimulação convencional, assim não conseguem obter o número suficiente de gametas para prosseguir com o tratamento.

Acompanhe este post com atenção para entender como o TetraStim é realizado!

Para quem o TetraStim é indicado?

O protocolo TetraStim foi desenvolvido para melhorar as taxas de recuperação de oócitos nos casos de mulheres com baixa reserva ovariana — detectada nos exames de avaliação que precedem o tratamento — ou que apresentaram baixa resposta à estimulação tradicional em ciclos anteriores de FIV.

Os exames de avaliação da reserva ovariana fazem parte da investigação básica da infertilidade feminina e incluem dosagens hormonais e contagem dos folículos antrais por meio de ultrassonografia.

A baixa reserva ovariana está associada principalmente à idade da mulher, visto que após os 35 anos a quantidade de óvulos disponíveis já está bastante reduzida. Outras causas possíveis incluem baixa reserva sem origem conhecida, falência ovariana prematura (FOP) devido a alterações genéticas, endometrioma (endometriose ovariana), realização de cirurgia nos ovários e tratamento de câncer.

A resposta à estimulação ovariana é considerada pobre quando conseguimos obter no máximo 3 óvulos maduros. Nesses casos, as chances são muito reduzidas de chegar ao final do tratamento com pelo menos dois embriões para fazer a transferência para o útero. Isso porque nem todos os folículos coletados contêm óvulos maduros. Além disso, nem todos os embriões que se formam evoluem até o estágio adequado para serem transferidos.

Portanto, quanto mais óvulos maduros são obtidos na FIV, maiores são as chances de gravidez, e isso é um grande desafio quando a paciente não responde bem ao estímulo hormonal. Outra possibilidade nessa situação é a doação de óvulos, mas muitos casais não aceitam essa opção. Diante disso, o TetraStim reacende a esperança desses casais.

Como é feito o TetraStim?

O TetraStim é feito com 4 estimulações ovarianas mínimas consecutivas, mas utilizando doses muito baixas de medicações hormonais. O protocolo convencional envolve apenas uma estimulação no ciclo menstrual, mas com altas doses de hormônios.

Cada estímulo no TetraStim é seguido de aspiração folicular, coleta dos óvulos e congelamento. O tratamento acaba sendo um pouco mais demorado que o convencional, levando cerca de 2 meses para completar o banco de óvulos. No entanto, temos as vantagens da redução de custos para a paciente e da baixa carga de hormônios no organismo.

O TetraStim começa a ser feito na menstruarão ou na fase lútea (pós-ovulatória), isto é, por volta de 20 dias após o início da menstruação. Várias ultrassonografias são realizadas para monitorar o desenvolvimento dos folículos ovarianos. Quando eles alcançam o tamanho adequado, administramos a medicação para induzir a maturação final dos óvulos.

36 horas após aplicar os indutores, fazemos a aspiração folicular com uma agulha fina. O material é avaliado em laboratório para que os óvulos sejam coletados e colocados em criopreservação. A próxima estimulação começa logo no dia seguinte. Os mesmos procedimentos se repetem até a última recuperação de oócitos.

Com o TetraStim, é possível obter entre 3 e 12 óvulos. Esse número representa chances elevadas de chegar à etapa de transferência com no mínimo dois embriões. Por consequência, as chances de confirmar uma gravidez também aumentam.

Como o TetraStim é aplicado nas técnicas de reprodução assistida?

A estimulação ovariana é realizada em todas as técnicas de reprodução assistida, ou seja, tanto na FIV quanto na relação sexual programada e na inseminação artificial, que são consideradas técnicas de baixa complexidade. O TetraStim, no entanto, é feito exclusivamente nos tratamentos de fertilização in vitro.

Dando sequência à realização da FIV: após finalizar a etapa do TetraStim, uma amostra de sêmen é coletada e submetida ao preparo seminal e os óvulos são descongelados no dia da fecundação. A fertilização é feita com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) e os embriões gerados ficam em cultivo por no máximo 5 dias. Após todas essas etapas, realizamos a transferência dos embriões para o útero.

A paciente deve passar por preparo endometrial com estrogênios e progestagênios para receber os embriões. O procedimento é necessário para deixar o útero receptivo, uma vez que na concepção natural isso ocorre devido à ação da progesterona endógena que é liberada durante a fase lútea.

As etapas da FIV, como vimos, são as mesmas nos tratamentos com TetraStim. A única diferença está na estimulação ovariana, que é feita com 4 disparos hormonais mínimos consecutivos. Assim, aumentamos as taxas de gravidez em mulheres com baixa reserva folicular ou baixa resposta ovariana em tratamentos anteriores.

Quer conhecer um pouco mais? Leia também nosso texto institucional sobre TetraStim!