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O que é doação de óvulos compartilhada?

Por Equipe Origen

Publicado em 06/11/2020

As técnicas utilizadas em medicina reprodutiva evoluíram muito nas últimas décadas. Atualmente, praticamente todos os casos de infertilidade podem ser superados por meio da reprodução assistida. A doação de óvulos — também conhecida como ovodoação — é uma das técnicas complementares da fertilização in vitro, sendo importante para casais inférteis e casais homoafetivos masculinos. Pode ser feita de forma compartilhada e voluntária.

A doação compartilhada de óvulos é uma técnica onde os gametas femininos e o custo do tratamento da FIV são divididos entre os casais envolvidos.

Continue a leitura para saber mais sobre a ovodoação compartilhada, como ela é realizada e quais são as principais diferenças entre a técnica e a ovodoação voluntária.

O que é ovodoação?

A doação de óvulos ocorre quando uma mulher doa parte dos seus gametas para que eles sejam utilizados no processo de reprodução assistida de outra mulher. Ela é indicada para casais com dificuldade para engravidar devido a fatores femininos (em especial, casos de mulheres com ausência ou baixa reserva ovariana) e para casais homoafetivos masculinos.

A técnica é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão responsável pelas normas éticas que envolvem o processo de reprodução assistida no Brasil.

Entre as suas principais regras no contexto da doação de óvulos são:

  • a doação não poderá ter caráter lucrativo ou comercial;
  • a identidade da doadora e da receptora devem ser mantidos em sigilo;
  • a doadora deve ter, no máximo, 35 anos.

Além da doação de óvulos, o CFM também permite a doação de espermatozoides e de embriões. Com isso, casais homoafetivos, casais diagnosticados com algum tipo de infertilidade e pessoas que desejam ter filhos por uma produção independente, podem ter filhos biológicos.

Como a ovodoação compartilhada é realizada?

A ovodoação pode ser compartilhada ou voluntária. Na compartilhada, os casais dividem os óvulos coletados e os custos da fertilização in vitro. Como a doação deve ser feita de forma anônima, a clínica de reprodução assistida atua como a intermediária do processo. Assim, a clínica busca uma doadora com a maior compatibilidade possível com a receptora.

Após os óvulos da doadora serem coletados, eles são fecundados com o espermatozoide do seu parceiro. Os óvulos viáveis que não forem utilizados são doados para o casal receptor.

Qual é a diferença entre a ovodoação compartilhada e a ovodoação voluntária?

A ovodoação voluntária é permitida no Brasil desde 2017 pela resolução nº 2168 do CFM. Ela possibilita que, de forma altruísta, mulheres doem os seus óvulos.

Para isso, ela passa por uma avaliação a fim de garantir que ela está saudável e não possui infecções sexualmente transmissíveis e doenças de alto risco de transmissão. Se aprovada, a doadora passa por um processo de estimulação ovariana e, após a coleta, os seus gametas são doados para uma receptora.

A principal diferença entre os dois tipos de ovodoação é que, na voluntária, a doadora não está participando de um tratamento de reprodução assistida para engravidar e, além disso, não possui problemas de infertilidade. Nesse caso, a doadora, de forma voluntária, deseja doar parte dos seus óvulos.

Como essa técnica é realizada no contexto da fertilização in vitro?

A ovodoação compartilhada pode ser realizada apenas dentro do processo da FIV, por isso, ela é uma das suas técnicas complementares. O tratamento consiste em 5 etapas: estimulação ovariana, coleta dos gametas feminino e masculino, fecundação, desenvolvimento embrionário e transferência para o útero da receptora.

Estimulação ovariana

O processo se inicia com a estimulação ovariana da doadora, que possui um papel fundamental durante o processo da FIV. Os óvulos encontram-se dentro dos folículos ovarianos e, durante o ciclo menstrual normal, apenas um folículo amadurece e libera o gameta feminino do seu interior para ser fecundado.

O objetivo dessa etapa é desenvolver o maior número possível de folículos ovarianos. O motivo é simples: mais folículos significa mais óvulos disponíveis para o tratamento. Para isso, a doadora recebe uma medicação hormonal. Todo o processo é monitorado de perto pelo médico por meio de ultrassonografias seriadas.

Coleta dos óvulos e de sêmen

Quando os folículos ovarianos atingem o tamanho adequado, eles estão prontos para serem coletados. A paciente é sedada e os folículos são aspirados por meio de uma agulha muito fina. O sêmen do parceiro também é coletado nessa fase, em geral, por masturbação.

Antes da fecundação, a amostra passa por um preparo seminal, para selecionar os espermatozoides de maior qualidade façam parte do processo.

Fecundação

A inseminação na FIV acontece por meio da técnica ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), que consiste na inserção direta de um espermatozoide no óvulo. Dessa forma, as chances de sucesso são maiores.

No processo da ovodoação compartilhada, os óvulos que não foram utilizados durante o processo da doadora são cedidos à receptora. Com isso, os gametas femininos doados são fecundados com os espermatozoides do parceiro da receptora.

Desenvolvimento embrionário

Os embriões formados são colocados em uma incubadora por dois a cinco dias. As suas primeiras divisões celulares são observadas pela equipe e apenas os embriões de maior qualidade e com maiores chances de sucesso são transferidos.

Transferência embrionária

Antes da última etapa da FIV, a receptora passa por um tratamento de preparo endometrial. Ela recebe medicação hormonal para tornar o seu endométrio (camada interna do útero) mais espesso, processo similar ao que ocorre durante o ciclo menstrual. Na última etapa da FIV, os embriões são transferidos para o útero da receptora para serem implantados no endométrio.

Na ovodoação compartilhada, duas mulheres compartilham o material genético (no caso, os óvulos) e os custos do tratamento da fertilização in vitro. A técnica possibilita que mulheres que não possuem óvulos viáveis suficientes para a fecundação e casais homoafetivos masculinos possam ter filhos.

A ovodoação compartilhada está entre as técnicas complementares da FIV. Para saber mais sobre ela, confira o nosso artigo institucional sobre a doação de óvulos!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.