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Trompa feminina: o que é?

Por Equipe Origen

Publicado em 25/10/2022

A trompa feminina também é conhecida como tuba uterina ou ainda chamada de trompa de falópio. São termos que se referem a um importante órgão da mulher, fundamental para a gravidez espontânea.

Na linguagem médica e científica, o termo trompa de falópio foi, há poucas décadas, substituído por tuba uterina. Ainda assim, é comum serem mencionados como sinônimos. Independentemente da terminologia empregada, é importante falarmos sobre esse órgão, que pode ter suas funções alteradas por algumas doenças, causando infertilidade feminina.

Também vamos abordar neste post que as trompas são necessárias em alguns tratamentos de reprodução assistida, e em outros não. De qualquer forma, as doenças associadas à alteração tubária devem ser tratadas.

Leia este texto com atenção e entenda o que é trompa feminina, qual é sua função no corpo da mulher, qual a relação com a fertilidade, entre outros assuntos relacionados!

O que é trompa feminina?

As trompas femininas são um par de órgãos do sistema reprodutor. São dois tubos que medem cerca de 10 cm, saem das laterais do útero e fazem a ligação da cavidade uterina com os ovários. São formadas por várias camadas de tecido, assim como a própria parede uterina, incluindo a camada de fibras musculares que tem papel fundamental para transportar o óvulo.

A primeira função da trompa feminina é captar o óvulo. No momento da ovulação, a parede do ovário se rompe, assim como o folículo ovariano, e um óvulo maduro é liberado. Os prolongamentos da extremidade da trompa, chamados de fímbrias, se movimentam e fazem a captação.

No interior da tuba uterina, ocorre a fecundação do óvulo. Muitos espermatozoides chegam até o local e penetram a célula feminina, mas somente um deles adentra a membrana que circunda o óvulo (zona pelúcida) e, fisiologicamente, o fecunda.

Após a fecundação, ainda é função da trompa feminina transportar o óvulo para o útero, o que é possível devido à motilidade da camada muscular tubária e o movimento ciliar. Enquanto é transportado, o óvulo — agora, embrião — inicia seu desenvolvimento, passando por consecutivas divisões celulares (fase de clivagem) que levam o embrião ao estágio adequado de implantação no útero, quando se torna blastocisto.

O que pode afetar as trompas e a fertilidade feminina?

A trompa feminina, como acabamos de descrever, tem importante função no processo que antecede a gravidez. Existem, contudo, algumas doenças que afetam a função tubária e, consequentemente, a fertilidade da mulher.

A endometriose, por exemplo, é uma patologia inflamatória que pode afetar vários locais da região pélvica, causando aderências cicatriciais, uma vez que o organismo se defende para tentar restaurar o tecido afetado pelas lesões.

Sendo assim, quando as lesões endometrióticas se instalam nas trompas, o tecido cicatricial que se forma pode causar obstrução tubária, o que dificulta a passagem dos espermatozoides e o transporte do óvulo. Além de infertilidade, essa condição aumenta o risco de gravidez ectópica, pois o embrião, que não chega ao útero, pode se implantar na própria tuba, onde não tem o aporte sanguíneo adequado para evoluir.

Outra patologia que prejudica as funções da trompa feminina é a doença inflamatória pélvica (DIP), causada, na maioria das vezes, por infecções microbianas. Assim, a inflamação nas tubas (salpingite) pode desencadear um quadro de hidrossalpinge, caracterizado pelo acúmulo de líquido, o que provoca impermeabilidade tubária.

Em casos raros, a mulher nasce com malformações uterinas que incluem a ausência ou a formação rudimentar das trompas femininas, configurando mais uma das causas de infertilidade feminina.

Como tratar as doenças na trompa para engravidar?

As doenças que causam problemas na trompa feminina precisam ser tratadas, pois geralmente também impactam outros órgãos da pelve. O tratamento pode envolver a administração de medicamentos e a intervenção cirúrgica.

Quando há obstrução das tubas uterinas, a cirurgia pode ser realizada, mas nem sempre a função tubária é completamente recuperada. Nesses casos, a mulher que ainda deseja engravidar pode realizar um tratamento de reprodução assistida. A fertilização in vitro (FIV) é a técnica apropriada diante de problemas uterinos e tubários.

A FIV é indicada para os casos mais complexos de infertilidade feminina ou masculina. A técnica inclui várias etapas, começando pela estimulação ovariana para obter um bom número de óvulos, os quais são coletados antes da ovulação e fertilizados em laboratório.

Um dia depois da fertilização, observamos a quantidade de embriões que se formaram. O cultivo embrionário em incubadora é feito por até 6 dias, quando ocorre a transferência dos embriões diretamente para a cavidade do útero. Sendo assim, de modo diferente da reprodução natural, a trompa não desempenha sua função.

A FIV é a única técnica que não necessita das funções da trompa feminina. Já as técnicas de reprodução assistida de baixa complexidade — relação sexual programada e inseminação artificial — têm um processo mais parecido com o natural, incluindo fecundação na tuba e transporte do embrião para o útero com a ajuda da motilidade tubária.

Visite também nosso texto sobre endometriose e conheça essa doença melhor!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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