A infertilidade feminina pode ter várias causas, porém as mais comuns são as falhas na ovulação e os problemas hormonais. São necessários alguns exames para descartar outras complicações, mas, se constatado que apenas essas são as causas, uma das indicações é o uso de indutores de ovulação.
A função desses medicamentos é induzir a ovulação, isto é, o crescimento do folículo ovariano até seu rompimento e a liberação do óvulo. O Hormônio Folículo-Estimulante (FSH) é responsável por estimular o crescimento dos folículos e o Hormônio Luteinizante (LH) induz a ruptura do folículo para a liberação do óvulo, além de induzir seu amadurecimento.
Nesse artigo, vamos entender um pouco mais sobre o uso dos indutores de ovulação e quais seus benefícios e riscos.
A ajuda do indutor de ovulação
Dos tratamentos de fertilização mais simples aos mais complexos, todos fazem uso de indutores de ovulação. A indicação desses medicamentos na forma oral ou injetável é feita de acordo com cada paciente e a causa da infertilidade.
A estimulação ovariana aumenta as chances de gravidez na mulher com subfertilidade. É preciso seguir rigorosamente a prescrição médica e comprovar a ovulação por meio de um exame chamado ultrassom transvaginal seriado.
Os tipos de indutores de ovulação
O medicamento mais conhecido para induzir a ovulação é o citrato de clomifeno, que estimula a produção do FSH. Esse indutor é encontrado na forma de comprimidos e tem baixo custo, mas só deve ser tomado com prescrição médica, pois pode oferecer riscos à saúde da mulher.
Para os casos de mulheres que apresentam anovulação crônica ou síndrome dos ovários policísticos, a taxa de retorno à ovulação com esse medicamento é de aproximadamente 85%. A chance de gravidez, entretanto, é de aproximadamente 15% por mês. Como essa chance é limitada, seu uso é indicado para mulheres jovens e para um máximo de 3 ciclos.
Uma outra alternativa para indução da ovulação é o uso das chamadas gonadotrofinas, que podem ser na forma de FSH puro ou associado ao LH. Por terem um efeito direto, as taxas de ovulação e gravidez são um pouco maiores do que com citrato de clomifeno.
Existem outras alternativas de tratamento para induzir a ovulação, mas são indicadas em casos específicos.
Os efeitos colaterais que podem surgir
Sempre que tratamos de medicamentos, em particular de hormônios, devemos levar em conta os efeitos colaterais. Com o citrato de clomifeno, o endométrio costuma tornar-se mais fino. Isso pode dificultar a fixação do embrião, levando a uma limitação da chance de gravidez.
Uma vez que a estimulação da ovulação seja bem-sucedida, pode ocorrer uma gravidez múltipla. Isto é, as chances de uma gestação de gêmeos aumentam, o que pode levar a um aumento do risco da gravidez.
No entanto, o maior risco dos indutores é causar a síndrome da hiperestimulação ovariana (SHO). Embora seja muito raro, esse é um quadro grave que pode levar à perda do ovário afetado e até a morte. Mesmo os casos leves de hiperestimulação são muito dolorosos e impossibilitam a gravidez naquele momento.
A qualquer sinal de desconforto, é preciso conversar com o médico para esclarecer dúvidas e evitar que uma complicação seja subestimada.
Por último, é alentador saber que o uso dos indutores de ovulação aumenta as chances de uma gravidez.
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