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Videolaparoscopia: preparação e pós-operatório da técnica para tratamento de infertilidade

Por Equipe Origen

Publicado em 13/03/2025

A videolaparoscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, amplamente utilizada para confirmação diagnóstica e tratamento de diversas condições de saúde, incluindo aquelas relacionadas à infertilidade feminina

Com o avanço das tecnologias empregadas na medicina, a abordagem laparoscópica se tornou um recurso indispensável, pois permite que os médicos visualizem o interior da cavidade abdominal e pélvica com precisão e façam intervenções mais seguras e efetivas. 

No contexto da infertilidade, a videolaparoscopia tem um papel bem estabelecido no tratamento de doenças ginecológicas, como a endometriose. O sucesso dessa técnica cirúrgica, no entanto, depende de planejamento terapêutico, da preparação adequada e de um pós-operatório bem orientado.

Leia atentamente para saber como se preparar para uma videolaparoscopia e quais cuidados são importantes após a cirurgia para tratamento de infertilidade!

Como é a preparação para a videolaparoscopia?

A preparação é uma etapa fundamental para o sucesso de procedimentos cirúrgicos e envolve uma série de orientações médicas. Inicialmente, a paciente passa por uma avaliação clínica completa, incluindo exames laboratoriais e de imagem, como a ultrassonografia pélvica transvaginal, que permite o diagnóstico de condições ginecológicas e o mapeamento das lesões a serem tratadas.

No contexto da infertilidade, é necessário que um especialista avalie as condições gerais do casal para saber se a videolaparoscopia será uma abordagem adequada ou se o tratamento envolverá a combinação com técnicas de reprodução assistida. 

Por exemplo, uma cirurgia pode ser indicada para tratar endometriose ovariana, situação em que o congelamento dos óvulos ou embriões pode ser previamente indicado para preservar as chances de a paciente engravidar posteriormente com uma fertilização in vitro (FIV)

Geralmente, na preparação para a videolaparoscopia, a paciente é orientada quanto à dieta e o período de jejum antes do procedimento, além de passar em consulta com o anestesista. Também pode ser indicado o uso de laxantes para esvaziamento do intestino, especialmente quando a cirurgia envolve estruturas próximas a esse órgão.

Outro ponto importante é que a paciente seja esclarecida sobre os riscos e benefícios da videolaparoscopia, além do período de recuperação e o tempo de espera para tentar uma gravidez.

Como é o pós-operatório da cirurgia laparoscópica?

O pós-operatório da videolaparoscopia é relativamente tranquilo, especialmente quando comparado a técnicas cirúrgicas mais invasivas, como a laparotomia (cirurgia aberta, feita com grande incisão no abdome). No entanto, são necessários alguns cuidados específicos para garantir uma recuperação completa e segura.

Logo após o procedimento, a paciente permanece em observação por algumas horas, podendo receber alta no mesmo dia ou no dia seguinte, dependendo da extensão da cirurgia e das condições de saúde individuais.

Entre os possíveis sintomas no pós-operatório da videolaparoscopia, estão: 

  • dor leve ou moderada na região abdominal, que pode ser controlada com analgésicos e anti-inflamatórios prescritos;
  • sensação de inchaço no abdome devido ao gás utilizado para insuflar a cavidade abdominal durante a cirurgia.

É importante evitar levantar peso e fazer atividades físicas intensas durante as primeiras semanas após a cirurgia. No entanto, caminhadas leves são recomendadas para estimular a circulação sanguínea e prevenir a trombose.

A retomada das atividades diárias, incluindo trabalho e exercícios físicos, deve ser gradativa e em conformidade com a orientação médica. Também é essencial observar sinais de complicações pós-operatórias, como febre persistente, sangramento vaginal intenso ou dor abdominal grave, e procurar assistência médica imediatamente caso esses sintomas ocorram.

No contexto da infertilidade, o médico pode orientar as tentativas de concepção natural um determinado período após a recuperação da paciente, com base no histórico e na avaliação completa do casal. Dependendo dos fatores presentes, como idade materna avançada, a FIV pode ser uma indicação para aumentar as chances de gravidez.

O que a videolaparoscopia pode tratar no contexto da infertilidade?

A videolaparoscopia é uma técnica eficaz para tratar diversas condições que afetam a fertilidade feminina, incluindo:

  • endometriose — a videolaparoscopia é a principal abordagem utilizada no tratamento cirúrgico dessa doença. É possível identificar as lesões detalhadamente e remover todo o tecido endometriótico e as aderências para restaurar a anatomia pélvica. Como dito anteriormente, deve ser discutida a possiblidade de congelamento de óvulos ou embriões antes deste procedimento;
  • miomas uterinos — miomas subserosos ou intramurais podem ser removidos com a técnica laparoscópica, enquanto os submucosos são retirados com histeroscopia;
  • obstrução tubária — a cirurgia laparoscópica pode ser usada para tentar a desobstrução das tubas uterinas, embora a FIV seja geralmente a abordagem mais indicada para mulheres que têm trompas obstruídas e querem engravidar;
  • cistos ovarianos — cistos de grandes dimensões ou endometriomas (cistos de endometriose ovariana) também são removidos com videolaparoscopia. Como dito anteriormente, especialmente nestes casos deve ser discutida a possiblidade de congelamento de óvulos ou embriões antes deste procedimento.

Ao integrar a videolaparoscopia com técnicas modernas de reprodução assistida, é possível oferecer tratamentos mais eficazes e individualizados, solucionando alterações que prejudicam a fertilidade feminina e abrindo mais possibilidades para as mulheres que desejam ser mães.

Antes de ir, confira outro texto sobre videolaparoscopia e entenda melhor!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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