Ciclo menstrual atrasado, expectativas pela chegada do bebê tão planejado e muita vontade de ser mãe. As mulheres que buscam esse sonho sabem bem como a gestação pode ser detectada, mas não são todas que conseguem levar a gravidez adiante.
Atingindo menos de 1% dos casais brasileiros, os abortos de repetição são ainda pouco explicados e é difícil encontrar informações concretas que auxiliam quem deseja viver a experiência materna.
Neste artigo, vamos explicar o que é o aborto de repetição, quais suas possíveis causas e como ele pode ser tratado.
O que é o aborto de repetição?
O aborto de repetição é definido quando três ou mais perdas gestacionais (até 20 semanas de gravidez) acontecem de maneira seguida, sem que a mulher tenha uma gestação completa entre os episódios de perda.
Quais as possíveis causas do aborto de repetição?
Entre as causas mais estudadas e conhecidas do aborto espontâneo estão as genéticas, imunológicas, uterinas, infecciosas e hormonais. O mais comum é que, primeiro, o médico investigue se o aborto foi tardio ou precoce, para entender melhor o que pode ter provocado o problema.
Para fazer o diagnóstico, é preciso realizar um exame de sangue (cariótipo) do casal. Nas causas imunológicas, avaliamos anticorpos maternos e a tendência de formar trombos (trombofilias). Quando a causa é infecciosa, o aborto pode acontecer por infecção na cavidade endometrial (parte interna do útero). O diagnóstico é feito com base nos resultados da histeroscopia e em exames complementares do material retirado por biópsia.
Já as causas uterinas dizem respeito à própria anatomia do órgão. O mais comum é a presença de pólipos, miomas, sinéquias ou malformações uterinas, como útero unicorno, bicorno ou septado.
As causas hormonais podem ser alterações no hormônio prolactina, hormônios tireoideanos, entre outros.
Qual é o tratamento?
Depois de identificada a causa do aborto espontâneo, as mulheres podem ser tratadas especificamente, de acordo com a causa identificada.
Infelizmente, apenas em uma pequena parcela das vezes conseguimos identificar a causa do abortamento de repetição, o que pode limitar o sucesso do tratamento.
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