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Baixa reserva ovariana reduz as chances de gravidez natural? Dificulta reprodução assistida?

Por Equipe Origen

Publicado em 11/06/2025

A reserva ovariana representa a quantidade de óvulos disponíveis nos ovários em determinado momento da vida reprodutiva da mulher. Desde o nascimento, cada menina já possui uma quantidade finita de óvulos, e essa reserva vai diminuindo naturalmente com o tempo, até se esgotar na menopausa.

Muitas mulheres que desejam engravidar e recebem um diagnóstico de baixa reserva ovariana ficam apreensivas em relação às chances de concepção — mas será que essa condição realmente reduz as taxas de gravidez?

Neste artigo, vamos esclarecer essas dúvidas e explicar as opções disponíveis para quem tem baixa reserva ovariana. Acompanhe!

O que significa baixa reserva ovariana?

Quando os ovários possuem poucos folículos disponíveis para os processos de desenvolvimento e ovulação, dizemos que a mulher tem baixa reserva ovariana. Esse quadro pode ser identificado por meio de exames hormonais e ultrassom. Os mais utilizados são:

  • dosagem do hormônio antimülleriano (AMH);
  • contagem de folículos antrais (CFA) com a ultrassonografia pélvica transvaginal;
  • dosagem do hormônio folículo-estimulante (FSH) conjuntamente com o estradiol.

A redução da quantidade de folículos ovarianos não compromete a fertilidade espontânea, ou seja, mulheres com baixa reserva ovariana podem engravidar naturalmente, principalmente se a qualidade dos óvulos for boa.

Mais prejudicial que a baixa quantidade de óvulos é a redução da qualidade dessas células. Óvulos com qualidade reduzida devido ao envelhecimento ovariano podem levar à formação de embriões frágeis, com alterações cromossômicas e baixo potencial de implantação no útero, aumentando o risco de falhas de nidação, abortamento e nascimento de uma criança com síndrome genética.

Não há, no entanto, uma ferramenta para avaliar a qualidade dos óvulos. Os exames disponíveis podem mensurar somente a quantidade de folículos ovarianos disponíveis. Pode-se inferir que o principal marcador da qualidade oocitária é a idade da mulher. Portanto, recomendamos que as mulheres que planejam ter filhos depois dos 35 anos façam o congelamento dos óvulos, preferencialmente antes dessa idade.

A baixa reserva ovariana prejudica os tratamentos de reprodução assistida?

Sim, a baixa reserva ovariana pode interferir nos resultados dos tratamentos de reprodução assistida. Na etapa da estimulação ovariana para a fertilização in vitro (FIV), o objetivo é coletar o maior número possível de óvulos. Entretanto, com baixa reserva, a mulher pode ter uma resposta insuficiente à estimulação hormonal, levando ao desenvolvimento de apenas 3 óvulos ou menos. 

A baixa reserva ovariana pode ter os seguintes impactos negativos na FIV: 

  • redução do número de óvulos disponíveis para a fertilização;
  • redução da chance de obter embriões viáveis para a transferência;
  • necessidade de realizar mais de um ciclo de estimulação ovariana.

No entanto, existem estratégias personalizadas para melhorar as chances de sucesso da FIV. Veja!

DuoStim e TetraStim

É possível otimizar a resposta ao estímulo ovariano com os protocolos específicos para baixa reserva ovariana. Entre os protocolos disponíveis, destacam-se o DuoStim e o TetraStim.

O DuoStim consiste em 2 estímulos hormonais durante o mesmo ciclo menstrual. Já o TetraStim envolve 4 estímulos consecutivos com doses mínimas de medicação hormonal, cada um seguido de coleta e congelamento dos óvulos, o que permite formar um banco com 3 a 12 óvulos. Com uma quantidade aceitável de óvulos, as taxas de gravidez passam a ser relacionadas principalmente à idade da mulher.

Preservação da fertilidade

Vale reforçar que uma conduta preventiva é a criopreservação de óvulos ou embriões. Sabendo dos riscos associados à baixa reserva ovariana e à baixa qualidade oocitária, a melhor estratégia para mulheres que pretendem postergar a maternidade para depois dos 35 anos é o congelamento das células reprodutivas.

Futuramente, os óvulos congelados poderão ser utilizados em uma FIV, tendo sua qualidade preservada. Embora essa seja uma estratégia eficaz, ainda há muitas mulheres que desconhecem a possibilidade de preservar sua fertilidade. É, portanto, um assunto que precisamos divulgar mais.

Doação de óvulos

Quando a resposta à estimulação ovariana é insuficiente mesmo com protocolos especiais ou o casal passa por falhas repetidas de implantação na FIV devido à baixa qualidade embrionária, existe a alternativa de fazer o tratamento com óvulos doados (ovodoação).

A FIV com doação de óvulos tem altas taxas de sucesso pois o tratamento é feito com óvulos de uma doadora jovem e saudável, reduzindo os riscos de falhas na implantação e anormalidades cromossômicas.

Como você viu neste artigo, a baixa reserva ovariana não impede completamente a gravidez, mas pode impor obstáculos nas tentativas de concepção, inclusive com tratamentos de reprodução assistida, devido à baixa resposta ao estímulo com medicações hormonais.

É importante avaliar a reserva ovariana, mesmo que você não tenha intenção de engravidar em breve, pois essa avaliação prévia é útil para o planejamento reprodutivo e permite ações preventivas, como o congelamento de óvulos enquanto eles ainda têm boa qualidade.

Leia agora nosso texto que explica, de modo geral, quais são as causas de infertilidade feminina!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.