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Banco de sêmen e reprodução assistida

Por Equipe Origen

Publicado em 12/09/2022

Os gametas são de importância ímpar para o processo de reprodução humana — tanto espontânea quanto medicamente assistida. Na medicina reprodutiva, existem recursos voltados especificamente para os casais que não conseguem engravidar utilizando suas próprias células sexuais, estes podem contar com banco de sêmen e doação de óvulos.

Os espermatozoides são os gametas masculinos, encontrados aos milhões em uma amostra de sêmen. Os óvulos são os gametas femininos, a mulher já nasce com todos eles armazenados na reserva ovariana, e libera um por ciclo menstrual, por meio do processo de ovulação.

A fecundação acontece quando um espermatozoide penetra no óvulo e os núcleos das duas células se fundem, dando origem a uma célula única, o zigoto, que representa o início de uma nova vida.

Na reprodução espontânea, o óvulo é fecundado na tuba uterina, enquanto na reprodução assistida, o local da fertilização muda conforme a complexidade da técnica utilizada, podendo ser in vivo (no corpo da mulher) ou in vitro (em laboratório).

Por várias razões, um casal pode precisar recorrer a um banco de sêmen para realizar o sonho da gravidez. Veja, neste post, quando isso é necessário!

O que é sêmen?

Sêmen ou esperma é o fluído que o homem expele no momento da ejaculação. É composto por líquidos da próstata, das vesículas seminais e, em menor quantidade, das glândulas bulbouretrais. Em uma amostra normal de sêmen, existem, no mínimo, 15 milhões de espermatozoides por ml.

Os gametas são produzidos nos testículos, amadurecem e ficam armazenados nos epidídimos e, no momento da ejaculação, percorrem os vasos deferentes para se unir ao líquido seminal produzido pelas glândulas acessórias. O sêmen, já constituído pelos espermatozoides, passa pelo ducto ejaculatório, na uretra, e é expelido do corpo do homem.

O sêmen é fundamental para a gravidez espontânea e para as técnicas de baixa complexidade da reprodução assistida. Além de introduzir os espermatozoides no trato reprodutivo da mulher, esse líquido fornece nutrição aos gametas e os ajuda a cumprir seu trajeto até as tubas uterinas, superando as barreiras naturais que são encontradas no corpo feminino.

Na fertilização in vitro (FIV), técnica de alta complexidade da reprodução assistida, o sêmen não tem a mesma característica indispensável. Isso porque, quando os espermatozoides não são encontrados em quantidade ou qualidade suficiente na amostra seminal, eles podem ser retirados diretamente dos testículos ou epidídimos, com procedimentos microcirúrgicos de recuperação espermática.

Quais alterações seminais podem causar infertilidade masculina?

Um exame de espermograma pode revelar alterações seminais, como:

  • azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen);
  • oligozoospermia (baixa quantidade de gametas);
  • astenozoospermia (baixo percentual de gametas que se movem);
  • teratozoospermia (baixo percentual de espermatozoides com boa morfologia).

Essas e outras alterações podem ser causadas por uma série de fatores, incluindo varicocele, infecções genitais, desequilíbrio hormonal, cirurgias, anomalias genéticas, defeitos estruturais congênitos, exposição frequente a toxinas, uso de drogas e anabolizantes, tratamento de câncer, entre outros.

Resultados alterados no espermograma são seguidos por outros exames para investigar as causas da infertilidade masculina, como dosagens hormonais, testes genéticos, ultrassonografia da bolsa escrotal, ressonância magnética da pelve e testes de função espermática.

Banco de sêmen na reprodução assistida: quando é necessário?

Obter o material biológico masculino a partir de um banco de sêmen é um recurso importante nos tratamentos de reprodução assistida, pois existem casais que não chegam à gravidez justamente por apresentarem alterações graves na produção ou na qualidade dos espermatozoides.

Em muitos casos, é possível recuperar um número suficiente de células reprodutivas por meio das técnicas de recuperação espermática e, assim, realizar a fertilização in vitro com a injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI). Contudo, o banco de sêmen continua sendo uma opção relevante nos seguintes tratamentos:

Inseminação artificial

A inseminação artificial é uma técnica de baixa complexidade, indicada para casais com fatores brandos de infertilidade, como endometriose leve, disfunções ovulatórias e alterações masculinas moderadas na motilidade ou na morfologia dos espermatozoides.

A inseminação artificial com doação de sêmen é, particularmente, indicada para casais homoafetivos femininos e mulheres solteiras que buscam a reprodução independente. Casais heteroafetivos com infertilidade masculina também podem optar por esse tratamento ou pela FIV.

Em todos esses casos, a inseminação artificial é preferencialmente indicada para mulheres com menos de 35 anos, boa reserva ovariana e tubas uterinas sem obstrução.

Com esse tratamento, a amostra obtida em um banco de sêmen é processada com métodos de capacitação espermática, para selecionar os gametas com boa morfologia e motilidade, e introduzida no útero da paciente.

Fertilização in vitro

A FIV é indicada quando o casal apresenta fatores mais complexos de infertilidade, como azoospermia, idade materna avançada, baixa reserva ovariana, doenças uterinas, obstrução tubária e risco de anomalias genéticas.

A alternativa de recorrer a um banco de sêmen para realizar a FIV é apresentada aos casais que não podem engravidar com os gametas do homem, seja porque não há produção suficiente seja por alto risco de transmissão de doença genética ou ainda por outras condições.

Em relação ao risco de problemas genéticos, o casal também pode tentar a gravidez com os próprios espermatozoides, realizando o teste genético pré-implantacional (PGT). Consiste em fazer uma biópsia para analisar as células embrionárias, a fim de rastrear alterações gênicas e cromossômicas — isso ainda antes de transferir os embriões para o útero materno.

O banco de sêmen também é necessário para os casais homoafetivos femininos que optam pela FIV para realizar a gestação compartilhada, isto é, quando os óvulos de uma das mulheres são fecundados com os espermatozoides de um doador anônimo e colocados no útero de sua parceira.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.