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Clamídia e infertilidade: qual a relação?

Por Equipe Origen

Publicado em 07/10/2020

As infecções sexualmente transmissíveis podem ser causadas por vírus, bactérias e outros micro-organismos. Sua transmissão se dá pelo contato sexual com uma pessoa infectada sem o uso de preservativo.

As ISTs afetam diretamente os órgãos do sistema reprodutor, tanto masculino quanto feminino. Essas alterações podem causar infertilidade e atrapalhar casais que buscam a gravidez.

A clamídia é um tipo de infecção sexualmente transmissível que atinge cerca de 5% da população adulta e 10% de adolescentes com vida reprodutiva ativa. Também pode ser uma das responsáveis pela infertilidade em alguns casos.

A seguir, saiba mais informações sobre a clamídia, sua influência na infertilidade e como ela pode ser tratada de forma adequada.

O que é a clamídia?

Trata-se de uma bactéria que pode levar a uma infecção sexualmente transmissível. A clamídia pode atingir os órgãos genitais, garganta e olhos, podendo afetar homens e mulheres com vida sexual ativa.

Sua transmissão ocorre por contato sexual (oral, anal e vaginal), ou de mãe para filho durante o parto quando o bebê passa pelo canal vaginal.

Sintomas

Na maioria dos casos, a clamídia é assintomática e muitas vezes seus sintomas podem ser confundidos com uma infecção urinária.

Quando aparentes, os sintomas nas mulheres são:

  • Corrimento claro ou amarelado;
  • Sangramento espontâneo ou durante a relação sexual;
  • Dor ao urinar;
  • Dor nas relações sexuais;
  • Dor no baixo ventre.

Já nos homens, os sintomas apresentados podem ser:

  • Ardência ao urinar;
  • Corrimento uretral com presença de pus;
  • Dor nos testículos.

A clamídia quando não tratada adequadamente, pode causar complicações, sendo algumas delas:

  • Infertilidade;
  • Dor crônica na região pélvica;
  • Gravidez tubária;
  • Complicações durante a gestação.

Por muitas vezes aparecer de forma assintomática, a clamídia pode causar danos tubários com difícil reparação, sendo por vezes impossível. Essa situação compromete a vida reprodutiva da mulher, causando a infertilidade.

Diagnóstico

A bactéria envolvida é de difícil percepção e necessita de um exame clínico detalhado, além da investigação do histórico médico do paciente.

São pedidos exames laboratoriais específicos para identificar a doença, sendo eles:

  • Histopatologia;
  • Detecção de anticorpos;
  • Imunofluorescência direta;
  • Métodos imunoenzimáticos;
  • Coloração pela técnica de Giemsa.

Os parceiros sexuais, ainda que não apresentem sinais ou sintomas, devem procurar um médico para exames e a realização do tratamento também.

Prevenção

Para prevenir a clamídia, a forma mais eficaz é praticar o sexo seguro, com o uso de preservativos em toda relação sexual, principalmente com novos parceiros.

Também é indicado que ambos façam testes para clamídia e outras infecções sexualmente transmissíveis para que mantenham a segurança.

Tratamento

A clamídia pode ser curada por meio do uso de medicamentos antibióticos. Adotando o tratamento adequado, é possível eliminar por completo a bactéria.

Também é aconselhável que se evite o contato sexual desprotegido para manter a eficiência no tratamento.

Para as mulheres gestantes, o tratamento com antibióticos deve ser indicado pelos médicos de acordo com cada caso. A paciente deve manter o acompanhamento pré-natal regular e fazer os exames pedidos.

O tratamento não significa imunidade à doença, portanto é necessário que se mantenha todos os cuidados para não se infectar novamente.

Quando não tratada adequadamente, a clamídia pode causar a infertilidade nos pacientes e dificultar na tentativa de alcançar a gravidez.

A clamídia e a reprodução assistida

Por causar danos aos órgãos reprodutores, a clamídia influencia diretamente na busca pela reprodução. A bactéria de transmissão sexual atinge esses órgãos, causando alterações como a salpingite que causa inflamação e deformação nas trompas uterinas.

Ainda que a bactéria seja eliminada durante o tratamento, é possível que os danos causados sejam irreversíveis. Aos pacientes que sofrerem consequências causadas pela clamídia e apresentarem problemas de infertilidade, existe a possibilidade de optar pela reprodução assistida.

Trata-se de técnicas da medicina que auxiliam homens e mulheres na busca pela tão sonhada gravidez.

A técnica mais indicada nestes casos é a fertilização in vitro (FIV), considerada com alto grau de complexidade e altas taxas de sucesso no tratamento.

A FIV é muito indicada em casos graves de infertilidade ou ainda em situações de falhas em outros procedimentos realizados anteriormente.

Sua realização se dá em cinco diferentes etapas, todas realizadas em laboratório, sendo elas: a estimulação ovariana; punção folicular e coleta dos espermatozoides; fecundação; cultivo dos embriões e a transferência embrionária.

Existem ainda, técnicas complementares que são aplicadas durante a fertilização in vitro para aumentar as chances de sucesso no procedimento.

É necessário que o casal procure a ajuda de um médico especialista para indicar o melhor tratamento em cada situação. Por se tratar de um acompanhamento individualizado, depende de instruções específicas para que se obtenha sucesso na busca pela gravidez.

Pessoas que passaram pelo tratamento de clamídia anteriormente, também devem manter a prevenção da doença consultando um médico ginecologista ou urologista pelo menos uma vez por ano.

Leia mais sobre a infecção por clamídia, como ela pode ser prevenida e como ocorre o seu tratamento.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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