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Endometrioma: quais são os sintomas?

Por Equipe Origen

Publicado em 27/05/2020

O termo endometrioma corresponde à endometriose ovariana, que é caracterizada pela formação de cistos nos ovários. Apesar de ser um termo conhecido, muitas pessoas desconhecem o que ocorre nos casos de endometriose e quais os tipos da doença.

Para começar, é importante saber que o útero é dividido em três camadas: endométrio, miométrio e perimétrio. O tecido endometrial reveste a parede uterina e, em todo ciclo menstrual, se torna mais espesso para que o embrião consiga se fixar. No entanto, se não houver concepção, o endométrio passa por um processo de descamação e é eliminado com a menstruação.

Ao longo do post, daremos continuidade a essa explicação para que você entenda o quadro de endometriose e sua relação com o endometrioma. Continue a leitura para saber mais!

O que é endometrioma?

Como mencionamos logo nas primeiras linhas do texto, o tecido endometrial se desfaz e é expelido com o sangramento menstrual em todo ciclo sem gravidez. Quando células do endométrio se fixam foram do útero, chamamos de endometriose.

A endometriose é classificada em diferentes tipos, conforme o local e a profundidade dos implantes de células endometriais. Quando a doença atinge os ovários e provoca a formação de cistos, é chamado de endometrioma.

Apesar da origem multifatorial, fatores como histórico familiar da doença, nuliparidade e sedentarismo podem aumentar o risco para formação dos cistos ovarianos.

Felizmente, os endometriomas são cistos de caráter benigno, isto é, são bem raras as situações em que o quadro é associado a um câncer.

Quais são os sintomas do endometrioma?

Nem todas as mulheres com diagnóstico confirmado de endometrioma relatam sintomas incômodos. O quadro costuma ser assintomático, sobretudo quando os cistos medem menos do que 3 cm.

No entanto, quando o endometrioma se desenvolve, pode causar sintomas como a dor pélvica, que pode se manifestar de forma progressiva, aumentando de intensidade com o passar do tempo, principalmente durante a menstruação. Outro indício comum é a dispareunia — dor durante o ato sexual.

A dificuldade para engravidar também está associada à presença de endometrioma . Na verdade, a infertilidade feminina pode ser vista tanto como um sintoma quanto uma complicação da doença, uma vez que os cistos podem alterar a anatomia dos ovários e comprometer suas relações com as tubas uterinas.

Como são feitos o diagnóstico e o tratamento do endometrioma?

A avaliação diagnóstica parte da investigação clínica e do exame físico. Os cistos de grande dimensão podem ser detectados em consultório médico. Para confirmação do quadro, o principal exame de imagem solicitado é a ultrassonografia pélvica transvaginal. A ressonância magnética da pelve também é uma alternativa para uma avaliação.

Conforme o tamanho dos endometriomas, é definida a melhor forma de tratamento, que pode ser medicamentosa ou cirúrgica. Pacientes assintomáticas e com cistos pequenos podem fazer uso de pílulas anticoncepcionais ou colocar dispositivos intrauterinos (DIU) de base hormonal, o que ajuda a regularizar o fluxo menstrual e amenizar as dores.

Para retirada dos cistos maiores é utilizada a cirurgia por laparoscopia. Dependendo do comprometimento dos órgãos, é feita uma ooferectomia — remoção unilateral ou bilateral dos ovários. No entanto, essa é uma indicação reservada para casos extremos, uma vez que afeta a fertilidade feminina de forma definitiva.

Então, se a mulher ainda tiver desejo de gravidez, médico e paciente devem dialogar para chegar a melhor decisão antes de determinar o método de tratamento.

Qual a importância da reprodução assistida no tratamento do endometrioma?

As técnicas da reprodução assistida são aplicadas no tratamento de diversas condições de infertilidade. Mulheres com endometrioma também podem se beneficiar dos recursos da medicina reprodutiva para alcançar o objetivo de engravidar.

A avaliação da reserva ovariana é um exame importante para definir a técnica mais apropriada a ser utilizada. Conforme a contagem dos folículos, somada às condições gerais do sistema reprodutor feminino, o especialista avalia se a paciente terá boas chances de êxito com os tratamentos de baixa complexidade ou se será necessário recorrer à fertilização in vitro (FIV).

A inseminação intrauterina (IIU) e a relação sexual programada (RSP) são consideradas técnicas de baixa complexidade, uma vez que a fecundação ocorre dentro do corpo da mulher. Mas para ter sucesso com esses métodos, é preciso que o organismo da paciente tenha boas respostas à estimulação ovariana.

Para ter probabilidade suficiente de gravidez com a IIU e com a RSP, outros fatores da saúde feminina devem estar favoráveis, como tubas uterinas desobstruídas e útero em perfeitas condições anatômicas.

Já a FIV é um tratamento de alta eficácia até para os casos mais graves — inclusive, a técnica apresenta taxas elevadas de gestação entre as pacientes com endometriose em estágio avançado.

Na FIV, os óvulos são aspirados dos ovários e fertilizados em laboratório. Somente depois de formado, o embrião é depositado no útero da paciente. Desse modo, a gravidez pode ocorrer mesmo se as funções ovarianas estiverem comprometidas pelo endometrioma.

Compreendeu o que é endometrioma? Leia agora o texto específico sobre endometriose e saiba mais sobre essa doença.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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