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Endometriose no assoalho pélvico: diagnóstico e tratamento

Por Equipe Origen

Publicado em 13/03/2025

A endometriose é uma condição inflamatória crônica que afeta cerca de 10% a 30% das mulheres em idade reprodutiva, podendo causar sintomas como dor pélvica intensa, além de oferecer riscos à fertilidade. 

Essa doença ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio — camada que reveste o interior do útero — cresce fora da cavidade uterina. O tecido endometriótico pode aparecer nas tubas uterinas, nos ovários e em outras partes importantes da região pélvica, incluindo bexiga e intestino. 

A endometriose pode comprometer o assoalho pélvico e impactar a qualidade de vida da mulher. Portanto, quanto antes o diagnóstico e o tratamento forem feitos, antes a paciente poderá recuperar o bem-estar e as chances de engravidar.

Neste artigo, vamos apresentar os métodos para o diagnóstico e as opções de tratamento para endometriose no assoalho pélvico. Continue a leitura!

O que é assoalho pélvico?

O assoalho pélvico é um conjunto de estruturas que sustentam os órgãos localizados na parte inferior da pelve, incluindo o útero, a bexiga e o intestino. Músculos, ligamentos e fáscias compõem o assoalho pélvico para que ele desempenhe importantes funções, como: 

  • sustentar os órgãos pélvicos e abdominais; 
  • controlar a micção e a evacuação; 
  • facilitar o parto natural; 
  • contribuir para o prazer sexual. 

Quando a endometriose afeta o assoalho pélvico, o tecido endometrial ectópico pode se alojar nos nervos e músculos dessa região, causando lesões, dores e alterações funcionais.

Como diagnosticar a endometriose no assoalho pélvico?

A endometriose no assoalho pélvico pode manifestar sintomas variados. Os mais comuns incluem:

  • dor pélvica crônica; 
  • dor ao evacuar ou urinar; 
  • dor durante a relação sexual (dispareunia);
  • infertilidade.

Identificar esses sintomas é o primeiro passo para o diagnóstico da endometriose. Uma avaliação médica cuidadosa é fundamental para confirmar a doença.

O diagnóstico da endometriose no assoalho pélvico envolve a avaliação detalhada da história clínica, exame físico e técnicas de imagem. Os principais métodos incluem:

  • exame físico ginecológico — permite identificar áreas de dor e nódulos sugestivos de endometriose;
  • ultrassonografia pélvica transvaginal com preparo intestinal — técnica de imagem que possibilita a visualização e o mapeamento das lesões endometrióticas;
  • ressonância magnética da pelve — especialmente útil para avaliar a extensão da doença e identificar lesões mais profundas;
  • laparoscopia diagnóstica — procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite a visualização direta das lesões e a confirmação do diagnóstico por biópsia.

Como é o tratamento dessa doença?

O tratamento da endometriose no assoalho pélvico deve ser individualizado, levando em conta a gravidade dos sintomas, o desejo reprodutivo da paciente e o impacto na qualidade de vida.

A terapia medicamentosa pode ajudar a controlar os sintomas, mas não faz as lesões regredirem. Além disso, não é uma indicação para mulheres com intenção de gravidez. Os fármacos que podem ser prescritos incluem: 

  • anti-inflamatórios para aliviar a dor; 
  • contraceptivos hormonais combinados, que ajudam a controlar a ação dos hormônios estrógenos, associados à proliferação das células endometriais;
  • análogos de GnRH, que inibem a produção dos hormônios ovarianos;
  • progestágenos ou dispositivos intrauterinos com liberação de hormônios, para controlar a progressão da endometriose

A cirurgia laparoscópica é indicada em casos mais graves, quando os sintomas não respondem ao tratamento clínico ou há impacto significativo na fertilidade. Os objetivos do tratamento cirúrgico são:

  • remover as lesões e aderências; 
  • preservar a função dos órgãos afetados; 
  • restaurar a anatomia pélvica normal.

A abordagem cirúrgica requer uma equipe médica experiente, devido à complexidade anatômica do assoalho pélvico.

Como a reprodução assistida pode ajudar?

Se a endometriose comprometer a fertilidade, as técnicas de reprodução assistida podem oferecer alternativas viáveis. Entre elas: 

  • fertilização in vitro (FIV), indicada principalmente para mulheres que apresentam obstrução das tubas uterinas e endometrioma (cisto endometriótico no ovário); 
  • inseminação artificial, pode ser considerada em situações menos graves, quando as tubas uterinas são permeáveis.

A escolha da técnica ideal depende de uma avaliação criteriosa de cada mulher. Nesses casos, também é importante examinar o parceiro da paciente, pois se houver algum fator de infertilidade masculina concomitante, a FIV é a melhor indicação para o casal.

Quando a mulher precisa realizar a cirurgia para a retirada de endometrioma, e planeja engravidar no futuro, a preservação da fertilidade por meio do congelamento de óvulos ou embriões são outras técnicas de reprodução assistida recomendadas. Isso porque o procedimento cirúrgico pode causar danos ao tecido ovariano saudável, levando à perda de óvulos e à redução da reserva ovariana. Futuramente, a paciente poderá descongelar seus óvulos ou embriões e tentar a gravidez com uma FIV.

A endometriose no assoalho pélvico é uma condição desafiadora, mas que pode ser manejada de forma eficaz com diagnóstico precoce e tratamento adequado. Desde o controle dos sintomas até a preservação da fertilidade, as opções terapêuticas devem ser personalizadas para atender às necessidades e expectativas de cada mulher.

Se você apresenta sintomas de endometriose ou dificuldades para engravidar, procure um especialista em ginecologia e medicina reprodutiva, esclareça suas dúvidas e conheça todas as possibilidades de tratamento. 

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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