A infertilidade não é um problema que atinge apenas aqueles que nunca tiveram filhos: há casais que gostariam de aumentar a família, mas, por motivos que surgiram após a gravidez/parto, não conseguem. Cada caso é chamado de forma diferente (infertilidade primária e secundária) e possui algumas características específicas.
Neste texto, vamos explicar a diferença entre infertilidade primária e secundária, apresentando também os fatores que podem levar à infertilidade.
Esterilidade ou infertilidade?
Para começar, é importante ter certeza quanto à diferença entre esterilidade ou infertilidade. Muitas vezes os termos são usados como sinônimos, mas, quando se diz que um casal é estéril, isso significa que ele não tem chances de conceber. Esse conceito vem mudando com o passar dos anos, pois diversas situações que antes eram consideradas como “sem tratamento” atualmente podem ser resolvidas. Por isso, esse termo está cada vez mais em desuso.
A infertilidade representa casais com uma chance menor do que o normal para ter filhos, mas não a impossibilidade de isso acontecer. Com acompanhamento médico e tratamento adequados, um casal infértil pode vir a engravidar e ter filhos.
Ambos os diagnósticos só podem ser dados após um período de tentativas de gravidez sem sucesso. Esse tempo de espera varia de acordo com a idade da mulher. Mulheres com até 35 anos devem esperar 1 ano. Acima dessa idade, devem esperar 6 meses. O diagnóstico preciso e adequado é feito após investigação específica para avaliação da função dos órgãos reprodutivos e gametas (óvulos e espermatozoides). Essa investigação deve ocorrer se o casal tiver relações sexuais regulares sem uso de métodos contraceptivos durante um ano ou seis meses e não obtiver uma gravidez.
Infertilidade primária ou secundária?
Se um casal que nunca teve filhos é diagnosticado “infértil”, a infertilidade deles é primária. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mesmo que a mulher engravide de seu parceiro, se ela não conseguir levar a gestação a termo (ou seja, até o fim), resultando no parto de um bebê vivo, a infertilidade continuará sendo tipificada como “primária”.
Seguindo esta lógica, a infertilidade secundária é aquela que ocorre quando o casal já possui um ou mais filhos. Se após o parto o casal não conseguir uma nova gravidez, o caso é de infertilidade secundária.
É importante frisar que, como a infertilidade pode ser decorrente de questões de saúde tanto do homem quanto da mulher, ao fazer a avaliação inicial da situação considera-se o casal como uma unidade.
Quais as causas?
Há diversos fatores que podem levar à infertilidade. Elas são divididas em causas femininas, masculinas e conjuntas. Entre as femininas estão a falta de ovulação, obstrução das trompas, alterações anatômicas do útero (miomas, pólipos, infecções) e endometriose.
Entre as causas masculinas estão problemas de motilidade dos espermatozoides, baixa produção de gametas ou produção de espermatozoides com alterações morfológicas.
A combinação de fatores femininos e masculinos leva à infertilidade provocada por causas conjuntas e há ainda um número de casos cuja causa não é identificada, que são classificadas como infertilidade sem causa aparente.
Todos estes fatores podem provocar infertilidade primária e secundária.
Muitas vezes, há o agravante da idade: como os óvulos envelhecem com a mulher (são produzidos quando ela ainda é um feto, enquanto os espermatozoides são produzidos ao longo da vida do homem), à medida que a mulher envelhece, a qualidade dos gametas cai, diminuindo a chance de gravidez.
Dicas sobre como fazer isso ou mais informações sobre questões relacionadas à fertilidade e a gestações você encontra em nossos perfis nas redes sociais. Acompanhe-nos no Facebook, no Google+ e no Instagram.