A infertilidade é considerada uma doença do sistema reprodutor humano que impede ou diminui a chance de um casal de ter filhos. Geralmente, uma investigação detalhada revela as causas da infertilidade e o tratamento é indicado. No entanto, em alguns casos não é possível identificar essas causas e o casal recebe o diagnóstico de infertilidade sem causa aparente.
Essa é uma condição incomum, mas possível de acontecer, portanto devemos fazer uma investigação criteriosa e profunda, tanto do homem como da mulher. Hoje, sabe-se que 40% dos casos de infertilidade ocorrem por fatores masculinos, 40% por fatores femininos, 10% pela combinação de ambos e 10% por fatores desconhecidos.
Neste post, conheceremos mais a respeito da infertilidade sem causa aparente. Acompanhe!
O que é infertilidade sem causa aparente?
Também conhecida como ISCA, a infertilidade sem causa aparente é uma condição em que o casal não consegue engravidar, mas não há um diagnóstico de infertilidade. Nessa situação, depois de vários exames que revelam que o casal não tem nenhuma alteração fisiológica é que os médicos chegam ao diagnóstico de ISCA.
O seu diagnóstico pode representar uma limitação da medicina, pois nem todos os exames disponíveis atualmente são capazes de identificar o que está dificultando a gravidez. É muito importante que o médico solicite vários exames antes de determinar se o que está impedindo a gravidez é mesmo a ISCA, para ter certeza do que se trata.
Depois do diagnóstico, o médico conseguirá indicar tratamentos de reprodução assistida que poderão ajudar a realizar o sonho de ter um filho. É importante destacar que só um especialista pode indicar o melhor tratamento, pois ele considera vários aspectos, como o tempo de infertilidade, a idade da mulher, entre muitos outros fatores.
Quais os tratamentos para ISCA?
Os tratamentos indicados podem ser a relação sexual programada (RSP), a inseminação artificial (IA), ambas de baixa complexidade, ou a FIV (fertilização in vitro), de alta complexidade, com as melhores taxas de sucesso.
Relação sexual programada
Este é um tratamento mais simples, também conhecido como coito programado. O médico prescreve medicamentos para estimular a ovulação e faz o acompanhamento do crescimento dos folículos por ultrassonografias. Quando os folículos atingem o tamanho esperado, é aplicado na mulher o hCG, hormônio que provoca, cerca de 35h depois, o rompimento do folículo e liberação do óvulo.
O cálculo do período fértil é feito e, no dia indicado, o casal deve ter relações sexuais.
Assim, a chance de gravidez é maior, cerca de 15% por ciclo. É importante lembrar que a relação sexual programada é mais indicada para aqueles casais em que a mulher tem dificuldades de ovulação.
Inseminação artificial
A inseminação artificial tem muitas semelhanças com a RSP, porém, depois da estimulação ovariana e indução da ovulação, os espermatozoides são coletados e preparados em laboratório e depois depositados diretamente no útero pelo médico com o auxílio de um cateter.
A chance de gravidez é similar à da RSP: 15% por ciclo, no entanto essa técnica é indicada para casais com outros problemas de fertilidade também, como baixa contagem de espermatozoides.
FIV (Fertilização in vitro)
A FIV é a opção com as mais altas taxas de sucesso por diversos fatores: o estímulo ovariano é mais intenso, portanto conseguimos coletar um número maior de óvulos que as outras técnicas; a fecundação e o desenvolvimento embrionário são feitos em laboratório, o que permite um maior controle sobre os primeiros dias de crescimento do embrião; e podemos transferir até quatro embriões, dependendo da idade da mulher, para o útero, aumentando significativamente as chances de gravidez.
O desenvolvimento embrionário é acompanhado por até seis dias, ainda no exterior do útero — em ambiente que apresenta as condições para que o embrião se desenvolva. Em seguida, o embrião fecundado é colocado no útero e lá se desenvolve.
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