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Inseminação Artificial e FIV (Fertilização in Vitro): entenda as diferenças!

Por Equipe Origen

Publicado em 15/08/2017

O maior sonho para muitos casais é um dia ter filhos. Porém, alguns têm dificuldade em realiza-lo naturalmente, o que faz com que a reprodução assistida seja uma alternativa para a tão sonhada gravidez.

As duas técnicas mais utilizadas pela reprodução assistida, inseminação artificial e FIV, são frequentemente confundidas pelos casais que buscam auxilio para engravidar.

Por isso, hoje vamos explicar as diferenças entre as duas técnicas, como são realizados e para quais casos são indicados. Acompanhe!

Inseminação artificial (intra uterina)

A inseminação artificial consiste em encurtar o percurso percorrido pelo espermatozoide até o óvulo.

O tratamento se inicia nos primeiros dias do clico menstrual, onde a paciente deverá usar medicamentos indutores da ovulação, para estimular o crescimento de vários folículos (que contem os óvulos). Enquanto isso, são realizados exames de ultrassonografia para acompanhar o crescimento dos mesmos.

Quando dois ou três folículos alcançam o tamanho ideal, deve-se usar um segundo medicamento, chamado de hCG, que induzirá a maturação dos óvulos e a ruptura dos folículos (ovulação), por volta de 36 horas após sua administração.

A preparação do sêmen é realizada duas horas antes da inseminação. Após coleta feita por masturbação, o preparo é feito em laboratório, onde serão selecionados os espermatozoides com maior capacidade de alcançar os óvulos e fecundá-los.

Os espermatozóides são introduzidos na cavidade uterina, por um fino cateter, próximo ao momento da ovulação. A mulher deve permanecer deitada por 10 minutos.

Esse procedimento se assemelha ao exame ginecológico habitual, causando apenas um incômodo, mas sendo indolor. É indicado para alguns casos de infertilidade, como:

  • Alterações leves no sêmen;
  • Infertilidade sem causa aparente;
  • Distúrbios de ovulação;
  • Uso de sêmen de doador:
    • Casais em que não existe produção de espermatozóides;
    • Para mulheres que não tem parceiro (produção independente);
    • Parceiros homoafetivos.

Quando esta for a opção da equipe médica em comum acordo com o paciente deve sempre ser discutidos os fatores prognósticos como idade da mulher e tempo de infertilidade

FIV – Fertilização In Vitro

A FIV é um método mais avançado, que também utilizam hormônios para estimulação ovariana. No entanto, em dosagem maior, para a obtenção de mais óvulos. Esse procedimento dura de 10 a 28 dias, e nesse período são realizadas ultrassonografias para verificar a evolução e crescimento dos folículos.

Quando eles alcançam o tamanho adequado, administra-se o hCG ou análogos do GnRH para induzir a maturação dos óvulos, para posterior aspiração folicular e coleta dos óvulos (36 horas depois). Esse procedimento é feito com uma agulha fina que é introduzida dentro cada folículo (punção), passando pelo fundo da vagina, sendo guiado por ultrassonografia. O liquido folicular é aspirado, colocado em tubo de ensaio, especial e levado ao microscópio para identificação do óvulo. Para esse procedimento, a mulher receberá uma anestesia por sedação, para não sentir dor e tem duração de 5-a 15 minutos.

Os óvulos são captados por meio de punção ovariana por via transvaginal, armazenados em meio de cultura e mantidos em estufa.

No mesmo dia, os espermatozóides são coletados e, em seguida, preparados para serem colocados junto aos óvulos (FIV clássica) ou serão selecionados para que um único espermatozóide seja injetado diretamente dentro de cada óvulo, utilizando-se uma micro agulha, através de um microscópio especial – Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide (ICSI). Aproximadamente 18 horas depois, confirma-se se houve a fertilização, através de um microscópio.

Após a confirmação da fertilização, os óvulos fecundados são observados diariamente para avaliação do desenvolvimento dos embriões e seleção dos mais adequados para transferência.

A partir do dia seguinte à confirmação da fertilização, eles passam a se chamar embriões. Nos dias 2 e 3 estão em estágio de clivagem, no dia 4 em estágio de mórula e nos dias 5 e 6, em estágio de blastocisto. De acordo com o seu desenvolvimento, serão selecionados para transferência ou congelamento.

A transferência dos embriões para a cavidade uterina é feita de 2 a 5 dias após a coleta dos óvulos. A decisão sobre o melhor momento a se fazer a transferência dos embriões é individualizada, de acordo com cada caso. O procedimento é feito de maneira rápida e indolor.

Esse método é indicado para:

  • alterações nas trompas
  • idade feminina avançada
  • endometriose
  • baixa reserva ovariana
  • Alterações de sêmen moderadas e graves
  • Vasectomia
  • Presença de espermatozoide apenas nos testículos
  • Tempo prolongado de infertilidade
  • Falhas de outros tratamentos
  • alterações genéticas.

Diferença entre inseminação artificial e FIV – fertilização in vitro

A principal diferença entre os dois tratamentos é que na inseminação artificial os espermatozóides são inseridos na cavidade uterina para cheguem nas tubas uterinas, alcancem o óvulo e o fecundem. Na FIV, a fecundação é feita fora do organismo, confirmada e o desenvolvimento dos embriões é acompanhado até a transferência para o útero.

A fertilização in vitro é mais eficaz e tem um custo mais alto do que a inseminação artificial, por necessitar de mais recursos tecnológicos e procedimentos médicos extras. As taxas de sucesso são muito superiores na FIV.

Efeitos colaterais

Apesar de raros, os efeitos colaterais de síndrome da hiperestimulação ovariana e gemelaridade são mais comuns na FIV.

Você sabia que há diversas causas e tratamentos da infertilidade masculina e feminina? Se você pretende ter filhos, é importante conhecer.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.