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Menopausa precoce tem tratamento? Veja as possibilidades da reprodução assistida

Por Equipe Origen

Publicado em 11/06/2025

A menopausa é um processo natural na vida da mulher e ocorre quando os ovários deixam de desenvolver e liberar os óvulos, levando à interrupção da menstruação e à queda dos hormônios reprodutivos (estrogênio e progesterona). Normalmente, essa transição acontece entre 45 e 55 anos, mas pode ocorrer antes dessa idade, sendo classificada como menopausa precoce. 

Quando a menopausa acontece antes dos 40 anos, pode ter impactos negativos inesperados na vida da mulher, especialmente para aquelas que ainda desejam engravidar. Ter informação sobre isso é o primeiro passo para tomar alguma atitude preventiva, quando possível.

Será que existe tratamento para a menopausa precoce? Quais são as alternativas para quem ainda sonha com a gestação? Apesar da perda da função ovariana, a reprodução assistida pode oferecer caminhos para tornar a gravidez possível. Confira as possibilidades neste post!

O que é menopausa precoce?

Menopausa precoce é a interrupção dos ciclos menstruais antes dos 40 anos, também chamada de falência ovariana prematura (FOP). Nessa condição, há uma queda drástica na produção de hormônios e a ovulação deixa de acontecer, tornando a gravidez natural praticamente impossível.

As causas da menopausa precoce nem sempre são claras, mas alguns fatores podem estar envolvidos, como: 

  • fatores genéticos — mulheres com histórico familiar de menopausa precoce têm maior risco de apresentar o problema;
  • alterações cromossômicas, como a síndrome de Turner ou a pré-mutação do gene associado à síndrome do X frágil estão entre as principais causas de FOP;
  • doenças autoimunes — algumas disfunções imunológicas podem levar as células de defesa do organismo a atacar os ovários, reduzindo a reserva ovariana (estoque de óvulos); 
  • tratamentos médicos agressivos, como quimioterapia, radioterapia e cirurgias nos ovários também podem danificar a reserva ovariana, acelerando a falência dos ovários;
  • causas idiopáticas (desconhecidas) — em muitas mulheres, não é possível identificar uma causa específica para a menopausa precoce.

Os sintomas da menopausa precoce são semelhantes aos da menopausa natural, incluindo: 

  • irregularidades menstruais ou ausência de menstruação por meses;
  • ondas de calor e suor excessivo, principalmente durante a noite;
  • alterações no humor;
  • ressecamento vaginal e diminuição da libido;
  • fadiga;
  • dificuldade para dormir.

Se uma mulher abaixo dos 40 anos perceber a interrupção do ciclo menstrual e outros sintomas sugestivos, é essencial procurar um ginecologista para investigar tais alterações.

Não se conhece uma forma efetiva de evitar a menopausa precoce, mas é possível observar esses sinais e buscar orientação médica quanto antes. Quando a mulher tem histórico familiar de FOP, diagnóstico das síndromes cromossômicas citadas ou indicação para tratamentos de risco, como quimioterapia ou cirurgia ovariana, é fundamental conversar com o médico sobre as possibilidades de preservar a fertilidade enquanto há tempo.

É possível tratar a menopausa precoce?

Não existe um tratamento que reverta a menopausa precoce, pois, uma vez que os ovários esgotam seu estoque de óvulos, não há como restaurar essa reserva ovariana — diferentemente do homem, que produz espermatozoides ao longo da vida. No entanto, algumas estratégias podem ser utilizadas para melhorar a qualidade de vida da mulher e oferecer alternativas para a gravidez.

A terapia de reposição hormonal é indicada para aliviar os sintomas da menopausa precoce e prevenir complicações, como osteoporose e doenças cardiovasculares. O tratamento consiste na reposição de estrogênio e progesterona, que são fundamentais para o funcionamento do organismo feminino.

Porém, a reposição hormonal não restaura a fertilidade e deve ser avaliada individualmente pelo médico, considerando os benefícios e riscos para cada paciente. 

Embora a menopausa precoce dificulte a gravidez natural, a reprodução assistida oferece soluções para quem deseja engravidar. Veja as opções:

Congelamento de óvulos antes da menopausa precoce 

Para mulheres com risco aumentado de menopausa precoce (como aquelas com histórico familiar de FOP ou diagnóstico de síndromes cromossômicas), o congelamento de óvulos é a melhor estratégia para preservar a fertilidade. 

Esse procedimento deve ser realizado antes que a reserva ovariana se esgote, garantindo que óvulos saudáveis possam ser utilizados no futuro, para engravidar por meio da fertilização in vitro (FIV).

FIV com óvulos doados 

A ovodoação (doação de óvulos) é uma alternativa eficaz para mulheres que chegaram à menopausa precoce e não congelaram óvulos previamente. Nesse procedimento, uma doadora passa pela estimulação ovariana, seus óvulos são coletados e fertilizados em laboratório com os espermatozoides do parceiro da receptora ou de um doador. Depois, os embriões são transferidos para o útero da paciente que deseja engravidar.

A FIV com ovodoação tem altas taxas de sucesso, pois utiliza óvulos de mulheres jovens e saudáveis, aumentando as chances de gestação.

Para concluir: a menopausa precoce não tem cura, mas isso não significa que a gravidez seja impossível. Para mulheres que desejam preservar a fertilidade, o congelamento de óvulos é a melhor estratégia. Já para aquelas que não possuem mais óvulos viáveis, a FIV com ovodoação é uma alternativa segura e eficaz. 

Se você tem risco de menopausa precoce e deseja ter filhos, procure um especialista em reprodução assistida para conhecer melhor essas possibilidades!

Agora, leia também nosso texto que aborda as diversas causas de infertilidade feminina!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.