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Nidação na FIV: saiba mais sobre o assunto

Por Equipe Origen

Publicado em 15/06/2022

Será que a nidação na FIV é diferente de como é na gravidez espontânea? Essa é uma dúvida que muitos casais podem ter, especialmente aqueles que recebem indicação médica para o tratamento de reprodução assistida.

A medicina reprodutiva é a área voltada para o acompanhamento de pessoas que querem ter filhos, mas não conseguem espontaneamente. Aproximadamente de 15% a 25% dos casais são inférteis, seja por fatores femininos, masculinos ou de ambos. As técnicas de reprodução assistida são indicadas nesses casos, as quais incluem:

A indicação para os tratamentos mais simples ou para a FIV, que é a técnica mais avançada da reprodução assistida, depende da avaliação minuciosa do casal. Para isso, diversos exames são realizados na investigação da infertilidade conjugal.

Desenvolvemos este texto para explicar como acontece a nidação na FIV e se existe diferença em relação à gravidez natural. Acompanhe!

O que é nidação?

Nidação ou implantação é o momento em que o embrião se prende ao endométrio uterino para iniciar a gestação. O endométrio é um tecido altamente vascularizado que recobre a parede do útero. Esse tecido passa por mudanças cíclicas sob estímulo dos hormônios estrogênio e progesterona para possibilitar a fixação do embrião.

Ao longo do ciclo menstrual, o endométrio é submetido a uma série de transformações proliferativas e secretórias que o deixam mais espesso e receptivo. Aproximadamente uma semana após a ovulação, a mulher está em um período chamado de “janela de implantação”, no qual o tecido endometrial está com boa receptividade, em condições propícias para o estabelecimento da nidação.

A fertilização do óvulo ocorre na tuba uterina e o embrião se desloca pela tuba em direção ao útero, enquanto passa pela fase de clivagem, o que envolve sucessivas divisões celulares. Cerca de 6 a 7 dias após ser fertilizado, o óvulo, então em estágio de blastocisto, começa a aderir firmemente ao revestimento endometrial.

Após a nidação, o embrião adentra profundamente no estroma uterino e o local onde ele se fixou é recoberto por epitélio. Ocorre, então, reação decidual e alterações vasculares e glandulares que impedem o organismo materno de reconhecer o embrião como um corpo estranho.

A partir da implantação, as células embrionárias passam a produzir o hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana), responsável por manter o corpo-lúteo em atividade — estrutura ovariana que secreta progesterona para a manutenção do endométrio. Vemos, portanto, que a nidação é um processo fundamental para a fertilidade.

O que é necessário para uma nidação bem-sucedida?

A nidação seguida de gravidez depende de alguns fatores, principalmente boa qualidade embrionária, receptividade endometrial e “diálogo” molecular entre embrião e endométrio. É um processo complexo, pois são necessárias múltiplas e sucessivas interações fisiológicas.

A qualidade do embrião é determinada pela qualidade do óvulo e do espermatozoide, mas principalmente pós divisão celular. Algumas condições, entretanto, afetam os gametas e, consequentemente, o potencial de implantação, tais como idade materna avançada, tabagismo e uso excessivo de álcool e outras substâncias químicas, infecções genitais e outras doenças masculinas e femininas.

A receptividade endometrial, por sua vez, depende da secreção de níveis adequados de estrogênio e progesterona. Esses hormônios mantém a espessura endometrial e as características morfofuncionais necessárias para a nidação e a continuidade da gestação.

Doenças estruturais ou inflamatórias, como mioma, pólipo e endometrite, também afetam a arquitetura ou a receptividade endometrial. Portanto, devem ser tratadas para restaurar o microambiente uterino antes da tentativa de gravidez.

Nidação na FIV: como isso acontece?

A nidação na FIV acontece da mesma forma que em gestações espontâneas. Contudo, há diferenças nas etapas anteriores do processo reprodutivo. Outro ponto é que nos tratamentos de reprodução assistida realiza-se o suporte à fase lútea com progestagênios para melhorar a receptividade endometrial.

A FIV é uma técnica minuciosa, realizada em várias etapas. Começa com a estimulação ovariana, importante para desenvolver e amadurecer múltiplos óvulos em um mesmo ciclo. Pouco antes da ovulação, fazemos a aspiração dos folículos ovarianos para que os óvulos sejam coletados em laboratório.

O sêmen também é colhido e processado com técnicas de capacitação espermática. Após o preparo seminal, os óvulos são fertilizados em laboratório. Os embriões que se formam permanecem em incubadora para o cultivo embrionário, que pode durar entre 2 e 7 dias. Somente depois de todas essas etapas, é feita a transferência dos embriões para o útero.

Em ambiente intrauterino, os mesmos fatores que determinam a implantação embrionária na gravidez natural influenciam a nidação na FIV, são eles: qualidade do embrião e receptividade endometrial — condições essas que permitem as interações moleculares necessárias entre embrião e endométrio.

Diante de falhas repetidas de nidação na FIV, o casal pode precisar realizar novos exames para uma investigação aprofundada. O teste ERAendometrial receptivity array — também é indicado para avaliar a receptividade endometrial.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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