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Nidação na reprodução assistida: o que é e como acontece?

Por Equipe Origen

Publicado em 06/01/2025

Nidação na reprodução assistida e na concepção natural: será que acontece da mesma forma ou existe alguma interferência médica nessa etapa do tratamento? Muitas pessoas que buscam ajuda da medicina reprodutiva podem ter essa dúvida, então precisamos esclarecê-la.

Para começar, é necessário falar sobre o endométrio. Esse tecido reveste o útero internamente e passa por modificações celulares e moleculares em todos os ciclos menstruais. Sob ação dos hormônios estrogênio e progesterona, a camada endometrial se torna mais espessa e com características receptivas para que um embrião possa se implantar.

As condições favoráveis do endométrio são fundamentais tanto para a gravidez espontânea quanto para o sucesso das técnicas de reprodução assistida.

Continue a ler o post para entender como é a nidação na reprodução assistida!

O que é nidação?

Nidação ou implantação embrionária é um fenômeno biológico de importância ímpar no processo reprodutivo, pois é esse momento que marca o início de uma gravidez. Isso ocorre cerca de uma semana após a fecundação.

Depois que o espermatozoide fertiliza o óvulo, o zigoto inicia sua jornada pela tuba uterina até chegar ao útero. Durante esses dias, o embrião passa pela fase de clivagem, marcada por divisões celulares sucessivas que o tornam um organismo pluricelular.

Quando chega no estágio fisiologicamente adequado para a nidação, o embrião é chamado de blastocisto e apresenta centenas de células, as quais vão se diferenciar em todos os órgãos e tecidos do corpo humano, além dos anexos embrionários, como a placenta.

No momento da nidação, o blastocisto se fixa no endométrio, se este estiver em condições apropriadas. É por meio desse contato com o tecido endometrial que o embrião começará a receber os nutrientes necessários para continuar a se desenvolver.

As modificações que ocorrem no endométrio ao longo do ciclo menstrual e que o preparam para receber o embrião incluem o aumento da vascularização e da secreção de substâncias que auxiliam na adesão do embrião à camada intrauterina.

Quando o endométrio não está receptivo ou o útero é acometido por doenças e defeitos congênitos que alteram sua anatomia, a nidação ou a evolução da gravidez podem ser comprometidas. Há diversos problemas uterinos entre as causas de infertilidade feminina, abortamento e outras complicações obstétricas.

Como a nidação acontece na reprodução assistida?

Coito programado, inseminação artificial e fertilização in vitro (FIV) são as técnicas realizadas no campo da reprodução humana assistida. As duas primeiras são consideradas de baixa complexidade, enquanto a FIV é um tratamento de alta complexidade.

Nas técnicas de reprodução assistida, diversos procedimentos médicos e laboratoriais são realizados para favorecer as etapas do processo conceptivo que ocorrem antes da nidação. Entretanto, não há interferência no momento da implantação embrionária.

Veja como ocorre a nidação na reprodução assistida, após o caminho percorrido em cada técnica!

Coito programado

O coito programado ou relação sexual programada é a técnica mais simples dentre as três. Consiste apenas na indução da ovulação com medicações hormonais e no acompanhamento ultrassonográfico do processo pré-ovulatório.

Assim, é possível saber o dia em que o óvulo será liberado. Com base nessa informação, o médico orienta o casal a programar suas relações sexuais para o período fértil, que inclui até 3 dias antes da ovulação e eventualmente 1 dia depois.

Essa técnica pode ser bem-sucedida diante de fatores leves de infertilidade feminina, como as disfunções ovulatórias. Para atender aos critérios de indicação, é preciso ter: tubas uterinas saudáveis, resultados normais no espermograma (ausência de fatores masculinos) e, preferencialmente, idade materna abaixo de 35 anos.

Não há procedimentos médicos após a ovulação. Portanto, a entrada e a migração dos espermatozoides, a fertilização do óvulo, o transporte do embrião para o útero e a nidação ocorrem da mesma forma que na concepção natural.

Inseminação intrauterina

A inseminação artificial ou intrauterina também é um tratamento simples, que envolve: indução da ovulação, preparo seminal e introdução do sêmen no útero. Assim como no coito programado, a técnica é mais indicada para pacientes jovens (menos de 35 anos), tubas uterinas desobstruídas e fatores leves de infertilidade.

Outras indicações importantes da inseminação artificial são:

Na inseminação intrauterina, a mulher pode fazer estimulação ovariana para favorecer o desenvolvimento dos folículos e a liberação de mais de um óvulo, assim como pode apenas monitorar seu ciclo ovulatório natural.

No dia esperado para a ovulação, uma amostra de esperma previamente processada e com espermatozoides selecionados é introduzida no útero da paciente. Então os gametas seguem para as tubas uterinas. As demais etapas — fertilização, transporte do embrião para o útero e nidação — ocorrem naturalmente.

FIV

A FIV é o tratamento mais complexo da reprodução assistida, portanto tem mais etapas. Também é a técnica com um leque maior de indicações, demonstrando taxas de sucesso para superar diversos fatores de infertilidade, incluindo idade materna avançada, tubas uterinas obstruídas e alterações masculinas graves.

O tratamento começa com a estimulação ovariana, com protocolos mais intensos, objetivando a coleta de múltiplos óvulos. Antes da ovulação, os gametas femininos são captados. Em seguida, são fertilizados em laboratório por espermatozoides previamente selecionados.

Após a fertilização, os óvulos ficam em incubadora. Nessa etapa, os embriões são monitorados durante seus primeiros dias de desenvolvimento. O último passo é a transferência dos embriões para o útero.

Veja que os recursos da medicina reprodutiva podem auxiliar nos processos de ovulação, fertilização e transporte do embrião para o útero, mas a nidação acontece naturalmente — até mesmo na FIV, que tem todas as etapas anteriores cuidadosamente controladas.

Com o acompanhamento médico, podemos fazer uma investigação aprofundada para verificar as condições do útero, assim como utilizar medicações hormonais para melhorar a receptividade endometrial, o que é muito importante para aumentar as chances de gravidez. No entanto, a nidação na reprodução assistida não sofre interferência, ocorre da mesma forma que na gravidez natural.

Essas informações foram úteis? Leia também o artigo que explica todos os detalhes da FIV- fertilização in vitro!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.