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O que é período fértil? Ele é relevante para a reprodução assistida?

Por Equipe Origen

Publicado em 20/01/2025

Durante o ciclo menstrual, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças hormonais que preparam o útero para uma possível gravidez. Essas mudanças são essenciais para criar o ambiente adequado para a fertilização do óvulo, que somente pode acontecer durante o período fértil.

A identificação exata desse período, portanto, é importante para otimizar as chances de concepção natural, especialmente dos casais que enfrentam dificuldades para engravidar, e também em algumas técnicas de reprodução assistida.

Neste texto, vamos explorar em detalhes a importância do período fértil e como ele interage com várias estratégias de reprodução assistida.

Entenda melhor o período fértil

O período fértil é uma fase do ciclo menstrual feminino essencial para a concepção e corresponde ao intervalo em que a mulher tem a maior probabilidade de engravidar. Esse período é determinado pela ovulação, que é o processo pelo qual um óvulo maduro é liberado do ovário e está disponível para ser fertilizado na tuba uterina.

O ciclo menstrual é dividido em três fases principais: folicular, ovulação e lútea.

Fase folicular

A fase folicular começa no primeiro dia da menstruação e dura até a ovulação. Durante essa fase, o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante) promovem o crescimento dos folículos ovarianos, que são pequenas estruturas que contêm os óvulos. À medida que o ciclo avança, um dos folículos se desenvolve e amadurece.

Paralelamente, essa dinâmica hormonal também promove a produção de estrogênio, um hormônio que atua tanto no amadurecimento do óvulo do folículo dominante quanto na preparação do útero para receber um possível embrião.

Ovulação

A ovulação ocorre aproximadamente no meio do ciclo, por volta do 14º dia em um ciclo de 28 dias.

Nessa fase, um pico hormonal de FSH, LH e estrogênio desencadeia a liberação do óvulo maduro com o rompimento do folículo dominante para as tubas uterinas e esse é o momento em que o óvulo está disponível para ser fertilizado.

Fase lútea

Na fase lútea, após a ovulação, o folículo rompido se transforma no corpo lúteo, que é induzido pelo LH a produzir progesterona, um hormônio que também prepara o revestimento do útero para a implantação do óvulo fertilizado.

Se a fertilização não ocorrer, o corpo lúteo se degrada, levando à queda dos níveis hormonais e ao início de um novo ciclo menstrual com a menstruação.

Em quais técnicas de reprodução assistida o período fértil é importante?

Embora a determinação do período fértil seja importante para casais que estão tentando engravidar de forma natural, nem sempre ele é determinante na reprodução assistida.

No coito programado, por exemplo, identificar o período fértil é essencial e decisivo, já que a técnica se baseia na precisão da identificação dos dias em que a mulher está mais fértil, que geralmente ocorrem em torno da ovulação, para maximizar as chances de concepção, do casal, que deve ter relações sexuais durante esse intervalo.

Na IA (inseminação artificial), o período fértil ainda possui importância, mas não é tão determinante quanto no coito programado. A IA é realizada com a introdução direta dos espermatozoides no útero perto do período da ovulação. Embora o período fértil seja considerado, a técnica permite uma abordagem mais flexível.

Por outro lado, na FIV (fertilização in vitro) o período fértil é completamente irrelevante, já que o tratamento envolve a fertilização do óvulo fora do corpo da mulher, em um ambiente controlado de laboratório. Nesses casos, o ciclo menstrual natural da mulher e o período fértil não influenciam o processo, uma vez que a fertilização ocorre fora do corpo e é independente do ciclo ovulatório natural.

Conheça melhor as técnicas de reprodução assistida

A reprodução assistida oferece diversas técnicas para o tratamento de casais que enfrentam dificuldades para conceber de forma natural. Cada uma dessas técnicas possui suas próprias vantagens e limitações, e a escolha do método mais adequado depende das condições específicas de cada casal.

Coito programado

O coito programado é uma técnica que busca melhorar as chances de concepção ao sincronizar o ato sexual com o período fértil da mulher.

Em sua abordagem básica, a técnica envolve a identificação precisa dos dias em que a mulher está mais fértil, que geralmente ocorre em torno da ovulação. Para otimizar ainda mais essa estratégia, o coito programado pode ser combinado com a estimulação ovariana leve e a indução da ovulação.

A estimulação ovariana, nesse contexto, é menos intensa do que em outras técnicas de reprodução assistida, como a FIV. Seu objetivo não é gerar múltiplos óvulos, mas sim promover o desenvolvimento de um a três óvulos maduros, o que é suficiente para melhorar as chances de concepção.

A indução da ovulação, por sua vez, utiliza hormônios para induzir a liberação do(s) óvulo(s) em um momento controlado, garantindo que o óvulo esteja disponível para fertilização durante o período fértil.

IA (inseminação artificial)

Na IA, os espermatozoides são introduzidos diretamente no útero da mulher através de um cateter fino e flexível, geralmente próximo ao período ovulatório.

O esperma, que pode ser do parceiro ou de um doador, é previamente processado em laboratório para concentrar os espermatozoides saudáveis e remover impurezas. Esse procedimento é relativamente simples.

FIV (fertilização in vitro)

A FIV, por sua vez, é uma abordagem mais avançada e complexa dentro da reprodução assistida, se comparada ao coito programado e à IA. Na FIV, a fertilização do óvulo ocorre fora do corpo da mulher, em laboratório.

O processo começa com uma estimulação ovariana mais intensa, em que a mulher recebe hormônios para promover a produção de múltiplos óvulos. Quando os óvulos estão maduros, são coletados dos ovários por meio de uma aspiração guiada por ultrassom.

No laboratório, os óvulos são então fertilizados com espermatozoides, normalmente por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides), na qual um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo.

Após a fertilização, os embriões resultantes são analisados por um período de 5 a 7 dias. São transferidos para o útero da mulher no próprio ciclo da coleta ou em ciclos posteriores.

Toque neste link para saber mais sobre o coito programado.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.