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Quando é feito o preparo seminal e quais são as técnicas?

Por Equipe Origen

Publicado em 08/07/2021

A infertilidade masculina está relacionada a um problema na qualidade ou na quantidade dos espermatozoides. Como metade dos casos de infertilidade conjugal estão relacionados ao homem, estão sendo desenvolvidas um grande número de tecnologias e técnicas para o seu diagnóstico e tratamento. O preparo seminal é um deles, sendo um recurso fundamental para a reprodução assistida.

Ela é utilizada para selecionar os espermatozoides de maior qualidade a partir da amostra seminal do homem. O preparo seminal pode ser utilizado na inseminação artificial (IA) ou na fertilização in vitro (FIV).

Neste artigo, vamos mostrar quando e como é feito o preparo seminal. Continue lendo e confira!

O que é preparo seminal?

Em uma gestação natural, milhões de espermatozoides são liberados na ejaculação durante a relação sexual. Porém, apenas o mais saudável consegue fecundar o óvulo. O preparo seminal segue a mesma lógica, sendo utilizado na reprodução assistida para capacitar os espermatozoides.

Nesse processo, a amostra seminal passa por um processamento para selecionar apenas os de maior qualidade. O seu objetivo é simples: aumentar as chances do gameta masculino fecundar o óvulo.

Ele pode ser realizado apenas na inseminação artificial (IA) e na fertilização in vitro (FIV), porém, é feito de forma diferente de acordo com a técnica de reprodução assistida.

O preparo seminal apenas não pode ser realizado na relação sexual programada. Nessa técnica, após a etapa de estimulação ovariana da paciente, o casal deve manter relações sexuais com a chegada do período fértil da mulher. Todo o processo acontece dentro do corpo da mulher, de forma parecida com o que acontece em uma gestação natural.

Na prática, a escolha dos gametas que serão utilizados durante a reprodução assistida pode ser feita por várias técnicas, como veremos a seguir.

Quais técnicas podem ser feitas para o preparo seminal?

O termo “capacitação” é utilizado quando o espermatozoide é capaz de fecundar o óvulo. Na fecundação natural, esse processo ocorre quando os gametas masculinos entram em contato com substâncias produzidas pelo sistema reprodutor feminino durante o trajeto até as tubas uterinas.

A capacitação também pode ser feita em laboratório por uma das técnicas de preparo seminal. Para isso, uma amostra do parceiro é coletada e avaliada para escolher qual é a mais indicada para cada caso. São considerados critérios macro e microscópicos para avaliar os espermatozoides, como: cor, viscosidade, volume, concentração, motilidade e morfologia.

Entre as técnicas que podem ser utilizadas para o preparo seminal estão a lavagem, o swim-up e o gradiente descontínuo de densidade. A seguir, saiba mais sobre elas.

Lavagem

A lavagem é a técnica mais simples para o preparo seminal. A amostra é diluída em uma substância para retirar o plasma seminal e, em seguida, passa por um processo de centrifugação. Com o processo, os espermatozoides que conseguirem se movimentar (gametas de maior motilidade) são selecionados e o restante é descartado.

Swim-up

A técnica swim-up também é chamada de migração ascendente. Ela avalia a motilidade dos espermatozoides, sendo escolhidos os gametas que conseguem nadar para fora do plasma e ir para o meio de cultura. Apenas os de maior qualidade conseguem nadar até a superfície.

Gradiente descontínuo de densidade

A técnica realiza um processo de centrifugação com duas substâncias de diferentes densidades. Os espermatozoides que apresentam melhor motilidade e morfologia ficam no fundo do tubo, enquanto os mortos ou com baixa qualidade ficam na parte superior da amostra.

Como o preparo seminal é realizado na FIV?

A FIV é uma técnica de alta complexidade, sendo indicada para a maioria dos fatores de infertilidade feminina e masculina. Ela é realizada em laboratório, o que possibilita a utilização de técnicas complementares para aumentar as chances do casal engravidar.

O processo se inicia com a estimulação ovariana da paciente para aumentar a quantidade de óvulos que serão utilizados na FIV. Em seguida, os gametas do casal são coletados e o sêmen do parceiro passa por um preparo seminal. Antes da fecundação, os espermatozoides são analisados novamente em um microscópio para que apenas os mais saudáveis sejam utilizados no processo.

A fecundação é feita por ICSI, uma técnica que consiste na injeção do espermatozoide diretamente no óvulo, aumentando a taxa de sucesso do procedimento. Após alguns dias em observação, os embriões viáveis são transferidos para o útero da paciente.

Como o preparo seminal é realizado na inseminação artificial?

A IA é uma técnica de reprodução de baixa complexidade, sendo indicada para casos leves de infertilidade conjugal. Após o preparo seminal, os espermatozoides selecionados são inseridos no útero com o auxílio de um cateter. A fecundação acontece de forma semelhante à gestação natural, ou seja, nas tubas uterinas da paciente durante o seu período fértil.

O preparo seminal é uma técnica laboratorial muito usada na reprodução assistida. A partir de uma análise do sêmen do homem é possível escolher uma das 3 técnicas disponíveis, que são a lavagem, o swim-up e o gradiente descontínuo de densidade. O objetivo das técnicas é o mesmo: selecionar os espermatozoides mais saudáveis para serem utilizados na IA ou na FIV.

Para saber mais informações sobre o tema, confira a nossa página sobre o preparo seminal!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.