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Reprodução assistida para casais homoafetivos masculinos: conheça todas as possibilidades

Por Equipe Origen

Publicado em 17/09/2024

As técnicas de reprodução assistida para casais homoafetivos masculinos e femininos têm sido muito procuradas. Um dos passos para isso foi o reconhecimento legal da união homoafetiva como um núcleo familiar.

A partir do momento em que as configurações familiares se tornaram mais diversificadas, as pessoas em relacionamentos homoafetivos passaram a se interessar por novas conquistas sociais, como o direito de terem filhos biológicos.

Segundo as normas éticas do Conselho Federal de Medicina (CFM), todas as pessoas capazes podem ser receptoras das técnicas de reprodução assistida, desde que os participantes estejam de inteiro acordo e devidamente esclarecidos.

Com isso, entende-se que os tratamentos em questão podem ser realizados por qualquer pessoa que deles precisem: mulheres e homens, solteiros ou casados, em relação hetero ou homoafetiva, sem distinção.

Veja que não somente os casais homoafetivos podem ser beneficiados com essas mudanças, como também as pessoas que desejam a reprodução independente. Não é de hoje que mulheres solteiras se interessam pelas possibilidades de engravidar com doação de sêmen associada à inseminação artificial ou à fertilização in vitro (FIV). Contudo, isso também é possível para os homens.

Embora a procura seja menor que no caso das mulheres, um homem pode, sim, se tornar pai biológico sem uma parceira. As técnicas de reprodução assistida, nessa situação, são as mesmas que para os casais homoafetivos masculinos, como mostraremos neste post.

Leia mais e veja quais são as técnicas indicadas!

Quais são as opções da reprodução assistida para os casais homoafetivos masculinos?

A reprodução assistida para casais homoafetivos masculinos envolve um processo complexo, mas totalmente possível e cada vez mais buscado. A FIV é o caminho para auxiliar nesse caso, sendo o tratamento complementado por outras duas importantes técnicas: a ovodoação e a barriga solidária.

A FIV, mesmo sem técnicas complementares, é considerada de alta complexidade, pois são necessárias várias etapas para possibilitar a fecundação de óvulos e o pré-desenvolvimento de embriões fora do corpo materno.

Vamos, agora, explicar um pouco mais sobre as duas técnicas necessárias na reprodução assistida para casais homoafetivos masculinos e, logo adiante, retomamos com uma apresentação resumida do passo a passo da FIV para contextualizar todos esses procedimentos. Confira!

Doação de óvulos

A ovodoação ou doação de óvulos é útil tanto para casais homoafetivos masculinos e homens que buscam a reprodução independente quanto para mulheres que, por razões médicas ou idade avançada, não podem mais engravidar com óvulos próprios.

Com essa técnica, é possível realizar o tratamento de reprodução assistida ao receber óvulos de uma doadora anônima. Além disso, de acordo com as normais mais recentes do CFM, a doação pode ser feita por uma parente de até 4º grau de um dos receptores, desde que não incida em consanguinidade.

Há duas formas de realizar a ovodoação:

  • voluntária, quando a doadora cede seus óvulos em um gesto altruístico;
  • compartilhada, quando a doadora também está tentando engravidar com o auxílio da reprodução assistida, mas é capaz de desenvolver óvulos. Assim, ela compartilha seu material biológico, enquanto o casal receptor colabora com os custos do tratamento;
  • banco de óvulos.

Útero de substituição

Há vários nomes para essa técnica: barriga solidária, cessão temporária de útero, gestação de substituição e útero de substituição. Antigamente, era uma prática popularmente conhecida como barriga de aluguel, mas, como não é permitido envolver nenhum tipo de compensação financeira, esse termo não deve mais ser utilizado.

Nesse tipo de tratamento, os embriões são formados com os gametas do casal — e de doadores, quando necessário, como no caso dos casais homoafetivos — e transferidos para o útero de uma cedente temporária, uma mulher que aceite gestar a criança, ciente de que não terá vínculo parental com ela.

As normas que orientam os serviços de reprodução assistida determinam que a mulher que participa como barriga solidária deve ter pelo menos um filho vivo e ser parente de até 4º grau de um dos futuros pais da criança. Além disso, a cedente temporária de útero não pode ser a mesma pessoa que fez a doação de óvulos.

Como é o processo da FIV para os casais homoafetivos masculinos?

O percurso da FIV, de modo geral, inclui as etapas de: estimulação ovariana; coleta dos óvulos; coleta e preparo do sêmen; fertilização; cultivo embrionário; transferência dos embriões para o útero; congelamento de embriões excedentes, se houver.

Para o casal homoafetivo masculino, o tratamento envolve:

  • coleta do sêmen de um dos parceiros e preparo seminal para obtenção de uma amostra de espermatozoides de qualidade;
  • recepção e fertilização dos óvulos doados;
  • cultivo dos embriões em incubadora;
  • transferência para o útero da cedente temporária, que passa primeiramente por preparação endometrial com medicações hormonais, com o objetivo de melhorar a receptividade uterina.

Na reprodução assistida para os casais homoafetivos masculinos, os dois parceiros podem realizar o espermograma antes de iniciar a FIV. Dessa forma, é possível avaliar os parâmetros seminais de ambos para decidir qual deles poderá ceder seus gametas para fertilizar os óvulos doados.

Confira outro texto e saiba mais sobre as possibilidades de gravidez entre casais homoafetivos!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.