Agende a sua consulta

Reprodução assistida para pessoas solteiras: como funciona a reprodução independente

Por Equipe Origen

Publicado em 27/02/2025

A medicina reprodutiva tem se adaptado às mudanças sociais e às novas configurações familiares para atender às necessidades de todos os perfis. Nesse cenário, também há técnicas de reprodução assistida para pessoas solteiras que desejam ter filhos de forma independente.

Hoje, os tratamentos de reprodução humana tornaram-se acessíveis e inclusivos, permitindo que mulheres e homens, mesmo sem um(a) parceiro(a), possam realizar o sonho de formar uma família. 

Esses avanços são uma resposta ao interesse crescente de pessoas que optam pela reprodução independente. Quer entender como as técnicas funcionam, nesses casos? Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

Como são os tratamentos de reprodução assistida para pessoas solteiras?

A reprodução humana assistida oferece um conjunto de procedimentos que auxiliam na obtenção da gravidez, de acordo com cada condição de infertilidade. As mulheres podem contar com a inseminação artificial ou a fertilização in vitro (FIV), enquanto os homens solteiros encontram possibilidades na FIV associada a outras técnicas. 

Os tratamentos de reprodução assistida para pessoas solteiras têm particularidades em função das necessidades biológicas de mulheres e homens, mas ambas as abordagens se baseiam no princípio de que, para a formação de um embrião, é necessário ter um óvulo e um espermatozoide. 

A seguir, detalhamos as opções para cada caso. Veja!

Para as mulheres

Mulheres que desejam engravidar sem um parceiro podem utilizar a inseminação artificial ou a FIV, ambas feitas com doação de sêmen. A escolha da técnica depende de fatores como idade e condições das tubas uterinas. 

A inseminação artificial é uma técnica de baixa complexidade e geralmente é a primeira indicação para mulheres jovens (com menos de 35 anos), com boa reserva ovariana e tubas uterinas saudáveis. 

Na inseminação artificial, o sêmen de um doador é processado e introduzido no útero da paciente, durante seu período fértil. A técnica simula o processo natural de fecundação, de forma que os espermatozoides precisam percorrer seu caminho para as tubas até encontrar o óvulo. A taxa de sucesso é de aproximadamente 25% por tentativa e normalmente essa taxa cai após a terceira tentativa, por isso sugerimos que, caso opte-se por esse tratamento, o ideal é não exceder três ciclos.

A FIV envolve um processo de alta complexidade, sendo indicada para mulheres que apresentam mais dificuldades para engravidar de forma natural, como endometriose, idade avançada, baixa reserva ovariana ou tubas uterinas obstruídas. 

Na FIV para mulheres solteiras, os óvulos são coletados e fertilizados em laboratório utilizando o sêmen de um doador. Os embriões ficam em incubadora durante seu desenvolvimento inicial e, depois de alguns dias, são transferidos para o útero da paciente. 

As taxas de sucesso chegam a superar os 50% por tentativa e, em caso de haver embriões excedentes, estes são congelados e podem ser utilizados quando não se obtém sucesso na transferência, sem a necessidade de passar por todo o processo novamente. Outra grande vantagem para as tentantes com embriões congelados é a situação em que, após terem uma criança e desejar uma nova gestação, o doador será o mesmo, uma vez que o embrião já está formado. 

Também vale ressaltar que as taxas de sucesso são as mesmas que na transferência a fresco e que o tempo de congelamento não afeta as chances de sucesso, portanto, em caso de uma nova gestação, mesmo que a mulher já tenha uma idade mais avançada, as chances de gravidez são as mesmas da idade em que ela congelou.

O sêmen doado é selecionado em bancos de sêmen regulamentados e os doadores passam por uma bateria de exames, garantindo segurança para a paciente e o futuro bebê.

Para os homens

Os homens que desejam ter filhos sem uma parceira precisam de mais técnicas, visto que eles necessitam tanto de óvulos e espermatozoides, quanto de um útero para gerar o feto. 

A única possibilidade na reprodução assistida, nesse caso, é a FIV com ovodoação/ovorrecepção e barriga solidária. Dessa forma, o sêmen do paciente é coletado e submetido ao processamento seminal, depois é utilizado para fertilizar os óvulos doados. Os embriões resultantes são transferidos para o útero da cedente temporária, uma mulher que se compromete a gestar o bebê.

A prática de reprodução assistida com barriga solidária é regulamentada no Brasil e deve seguir uma série de regras. A legislação exige, por exemplo, que a mulher que vai gestar o bebê seja parente do paciente em até quarto grau (mãe, irmã, tia ou prima). 

Antes do início do procedimento, é fundamental que todos estejam alinhados e de acordo com os aspectos legais e emocionais, pois a jornada é repleta de compromissos e envolvimentos. A FIV com barriga solidária é uma solução prática e segura para os homens solteiros que desejam ser pais biológicos.

O paciente escolhe os óvulos que serão fertilizados com base nas informações sobre as características da doadora. Os bancos de óvulos, assim como os de sêmen, seguem normas rigorosas para garantir a qualidade do material genético e a segurança do processo. Feita a fertilização, os embriões são cultivados por alguns dias e transferidos para o útero da mulher que vai gestar. As taxas de sucesso podem superar os 50% por tentativa.

Se for na modalidade de ovodoação compartilhada, os óvulos são recebidos de uma anônima que também está em processo de FIV por outros fatores de infertilidade. Assim, o paciente que quer ser pai independente e a doadora compartilham os óvulos e os custos do tratamento.

A cedente temporária de útero não pode ser a doadora de óvulos. Outra regra é que o processo não pode envolver compensação financeira, é um ato solidário. No entanto, o futuro pai biológico da criança deve arcar com todo o suporte médico que a gestante precisar durante a gestação e no pós-parto.

Do ponto de vista emocional, o suporte de psicólogos também pode ajudar os envolvidos a lidarem com esse processo de forma mais tranquila e sem inseguranças.

As mudanças nas configurações familiares são reflexo de uma sociedade que valoriza a pluralidade e a individualidade, permitindo que o desejo de ter uma família seja realizado independentemente do estado civil. 

Assim, com os avanços da medicina e a regulamentação das técnicas de reprodução assistida para pessoas solteiras, casais heteroafetivos e casais homoafetivos, formar uma família agora é um sonho possível para todos.

Quer saber mais? Confira o artigo da Clínica Origen que explica tudo sobre a FIV- fertilização in vitro!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

Importante

Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.