A fertilidade da mulher depende do equilíbrio no funcionamento dos órgãos reprodutivos e pode ser afetada por diversos problemas. Qualquer falha no sistema reprodutor feminino pode ter consequências na capacidade da mulher engravidar. Então, é importante conhecer as funções do próprio corpo e ficar em alerta diante de irregularidades, principalmente no ciclo menstrual.
Acompanhe este post para conhecer os órgãos do aparelho reprodutor feminino e compreender as funções de cada um. Entenda, também, como as partes do organismo atuam em conjunto para possibilitar a gestação.
Os órgãos do sistema reprodutor feminino
O funcionamento adequado do sistema reprodutor é fundamental para a saúde fértil. Disfunções em qualquer região desse aparelho podem dificultar ou impedir uma gravidez. Portanto, as mulheres que têm o objetivo de se tornarem mães devem estar sempre atentas aos sinais de problemas nos órgãos reprodutivos.
Para começar, é importante se manter informada e conhecer as funções do próprio organismo. Vamos, então, entender quais são os órgãos do sistema reprodutor feminino e como cada um deles age dentro do nosso corpo!
Vagina
A vagina faz a comunicação entre o interior e o exterior do aparelho genital feminino. A parte interna do sistema reprodutor é composta por ovários, útero, tubas uterinas e o próprio canal vaginal. Já os órgãos externos são a vulva — contendo o clítoris e os grandes e pequenos lábios — e o monte púbico, ou monte de Vênus.
A função reprodutiva da vagina é receber o pênis durante o ato sexual e permitir a passagem do líquido seminal com os espermatozoides para o útero, de onde, em seguida, migrarão para as tubas uterinas, onde ocorrerá a fecundação.
Ovários
Os ovários são pequenos órgãos em formato oval — medem em torno de 3 cm. Eles têm a importante função de produzir estrogênio e progesterona, hormônios sexuais necessários para as ações do aparelho reprodutor. Os ovários também armazenam os gametas femininos, isto é, os óvulos, que são liberados uma vez em cada ciclo menstrual.
Tubas uterinas
As tubas uterinas, também conhecidas como trompas de falópio, são representadas por dois tubos, que medem 10 cm de comprimento, aproximadamente. Esses canais fazem a ligação entre os ovários e o útero, sendo que é justamente nesse órgão que os espermatozoides encontram os óvulos para que ocorra a fecundação.
Quando o óvulo é liberado pelo ovário, ele penetra na tuba uterina. Caso a fertilização aconteça, a união entre os gametas masculino e feminino dá origem ao zigoto e, em seguida ao embrião, que segue em direção ao útero, onde poderá ocorrer a implantação.
Útero
O útero é o maior órgão do sistema reprodutor feminino e é composto pelas seguintes partes:
- colo uterino;
- corpo uterino;
- fundo do útero;
- endométrio (tecido que reveste a parede uterina);
- miométrio (camada intermediária);
- perimétrio (faixa muscular externa do órgão).
Trata-se de um órgão de grande elasticidade, uma vez que precisa se expandir conforme o crescimento do feto. Sua principal função, portanto, é permitir a implantação, acomodar o bebê e favorecer o seu desenvolvimento, desde o momento da implantação embrionária até a hora do parto.
A interação necessária para o funcionamento adequado
Como vimos na descrição das funções de cada órgão, as partes do sistema reprodutor feminino trabalham em conjunto. Para comandar essa interação, também é necessária a ação de outras regiões do corpo, como o hipotálamo, a hipófise e as glândulas adrenais.
O hipotálamo coordena a secreção de hormônios que estimulam a hipófise a produzir LH e FSH — os hormônios luteinizante e folículo-estimulante. Estes, por sua vez, fazem o ovário secretar progesterona e estrogênio.
Uma das funções da progesterona é a manutenção do endométrio, camada responsável pela fixação embrionária. Dessa forma, quando não há fecundação, os níveis desse hormônio diminuem e o revestimento endometrial começa a passar por um processo de descamação, iniciando a menstruação.
Estes são alguns exemplos de como os diferentes órgãos precisam estar em equilíbrio para o funcionamento geral do sistema reprodutor. Portanto, problemas que afetem qualquer parte do aparelho sexual podem interferir nas chances de a mulher engravidar.
Os problemas que podem levar à infertilidade
Diversas condições podem prejudicar a fertilidade da mulher, visto que os órgãos dependem da ação uns dos outros para trabalhar em perfeito equilíbrio. Nem sempre é possível identificar um quadro de infertilidade de forma precoce. Por isso, é recomendável que as tentantes observem sua regularidade menstrual e fiquem atentas a qualquer indício de disfunção, o que também vale para os episódios de cólica intensa.
Entre as diversas condições clínicas que levam à infertilidade feminina alguns exemplos são:
- endometriose;
- miomas;
- pólipos uterinos;
- cistos ovarianos;
- síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- ausência de ovulação;
- disfunção hormonal;
- infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Todos esses quadros devem ser devidamente acompanhados para obter um diagnóstico preciso e a prescrição da melhor forma de tratamento. Além das doenças citadas, também é importante que a paciente cultive bons hábitos para manter o equilíbrio do sistema reprodutor feminino, como: alimentação balanceada, atividades físicas regulares, abstenção de cigarro, entre outras práticas saudáveis.
Depois de conhecer um pouco mais sobre o funcionamento do sistema reprodutor feminino, leia o próximo texto e veja como é possível descobrir se você é infértil.