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Testículos: quais são suas funções na fertilidade?

Por Equipe Origen

Publicado em 30/06/2023

Os testículos são parte fundamental do aparelho genital masculino. As funções testiculares estão diretamente relacionadas à produção de testosterona, hormônio que regula a capacidade reprodutiva, o desejo e a potência sexual, além de desenvolver as características específicas do homem.

De modo geral, as pessoas têm uma ideia do que são os testículos e onde estão localizados, mas há detalhes sobre esses órgãos, em termos de anatomia e função, que muitos desconhecem.

É interessante que os casais que estão com objetivos de ter filhos tenham mais informação a respeito dos órgãos reprodutores. Ao saber como eles funcionam e quais condições podem afetá-los, fica mais fácil buscar avaliação médica diante da suspeita de doenças que possam deixar o casal infértil.

Leia este post e veja de que forma os testículos participam da fertilidade!

O que são os testículos e como eles se desenvolvem?

Os testículos são órgãos ovais situados no aparelho sexual masculino. Ficam dentro da bolsa escrotal, logo atrás do pênis, portanto, fora da cavidade abdominal — existe uma razão fisiológica para essa localização, a qual vamos abordar mais adiante.

A formação dos testículos ocorre na vida intrauterina, assim como acontece com todos os órgãos do corpo humano.

Durante as primeiras semanas de gravidez, o embrião não tem sexo biológico estabelecido. A partir da 8ª semana, a presença do cromossomo Y determina a secreção de testosterona, que leva, nas semanas subsequentes, à diferenciação dos ductos de Wolf, estruturas embriológicas que originam os caracteres da genitália masculina.

Os testículos se formam na cavidade abdominal e descem para a bolsa testicular entre o 6º e o 8º mês gestacional. São estruturas específicas, mas não únicas no sacro escrotal. Isso porque na borda testicular estão os epidídimos, órgãos que armazenam os espermatozoides durante seu período de maturação.

O desenvolvimento testicular é quiescente durante a infância. No início da puberdade, o eixo hipotálamo-hipófise passa a secretar os hormônios gonadotróficos, FSH (folículo-estimulante) e LH (luteinizante), que estimulam as funções dos testículos.

Quais são as funções dos testículos na fertilidade?

Assim como os ovários são para a mulher, os testículos são as gônadas do homem, isto é, glândulas que produzem hormônios sexuais e gametas. Vale lembrar que células sexuais, células reprodutivas ou gametas são termos que se referem aos óvulos (femininos) e espermatozoides (masculinos), os quais precisam se unir no processo de fecundação para dar origem a uma nova vida.

Em resumo, as funções dos testículos incluem:

  • a produção de testosterona;
  • a espermatogênese (produção dos espermatozoides);
  • o estímulo ao desejo sexual e à capacidade de iniciar e manter uma ereção;
  • o desenvolvimento e a manutenção das características sexuais secundárias masculinas, por exemplo, timbre grave de voz, distribuição de pelos faciais e corporais, constituição óssea e muscular maior que a da mulher.

Todas essas funções testiculares influenciam a fertilidade masculina, mas devemos dar destaque à produção do hormônio testosterona, que estimula a espermatogênese. É necessário que milhões de espermatozoides sejam introduzidos no corpo feminino, a partir da ejaculação masculina, para que um casal tenha chances de engravidar espontaneamente.

Quais alterações testiculares podem causar infertilidade?

Uma vez que os testículos são órgãos fundamentais para a fertilidade masculina, é certo que alterações testiculares podem deixar o homem infértil. Determinadas doenças do sistema genital afetam a produção, a qualidade ou o transporte dos espermatozoides.

Estre as condições que podem prejudicar as funções testiculares, estão:

  • varicocele;
  • orquite;
  • traumas;
  • tumores;
  • criptorquidia;
  • torção do cordão espermático;
  • hidrocele;
  • alterações genéticas e cromossômicas.

Além das condições listadas, os testículos podem ter suas funções reduzidas devido a alterações hipofisárias ou hipotalâmicas, bem como disfunções da tireoide ou das glândulas suprarrenais, que resultam em deficiência hormonal. São consideradas disfunções pré-testiculares que também oferecem risco à fertilidade.

Retomando a anatomia dos órgãos genitais, há uma razão fisiológica para os testículos ficarem fora da cavidade abdominopélvica: eles precisam de temperatura mais amena para o processo de espermatogênese.

Protegidos pela isotermia da bolsa escrotal, os testículos produzem milhões de espermatozoides — desde que não existam doenças testiculares ou distúrbios hormonais. Depois disso, os gametas ficam armazenados nos epidídimos, que se localizam na borda posterior testicular, onde amadurecem e adquirem mobilidade.

Quando o homem é estimulado sexualmente, os espermatozoides saem dos epidídimos e percorrem os ductos deferentes, juntam-se aos fluídos da próstata e das vesículas seminais e são expelidos no meio do sêmen pelo canal uretral.

Qualquer falha na espermatogênese ou obstrução nesse trajeto dos espermatozoides — decorrente de infecções ou de anomalias estruturais congênitas — pode resultar em baixa contagem de gametas, revelada por um espermograma. Da mesma forma, o exame indica se há anormalidades na qualidade espermática, nos critérios de motilidade e morfologia das células.

Como tratar os fatores graves de infertilidade masculina?

A superação da infertilidade masculina é feita com o tratamento das doenças subjacentes ou com técnicas de reprodução assistida. Os fatores mais graves incluem azoospermia e oligozoospermia — ausência de espermatozoides no sêmen ou baixa quantidade, respectivamente.

Nesses casos, a fertilização in vitro (FIV) é indicada para o casal que deseja engravidar. A FIV é uma técnica de alta complexidade da reprodução assistida, que envolve um processo controlado em ambiente laboratorial para coletar os gametas e intervir no momento da fecundação. Os embriões gerados por esse processo são transferidos para o útero materno.

Quando o homem apresenta azoospermia ou outras condições graves de infertilidade, indicamos as técnicas de recuperação espermática para coletar as células germinativas diretamente dos órgãos reprodutores.

PESA e MESA são técnicas que permitem a coleta dos espermatozoides dos epidídimos, enquanto TESE e Micro-TESE são indicadas quando o paciente apresenta problemas testiculares que interferem na espermatogênese. Nessa última situação, as células reprodutivas são colhidas dos túbulos seminíferos, nos testículos.

Logo após a captação das células masculinas, a fertilização dos óvulos ocorre em laboratório por injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV ICSI).

Ainda que a reprodução assistida apresente possibilidades para o casal infértil, é importante que o homem faça o tratamento medicamentoso ou cirúrgico para corrigir as alterações nos testículos e prevenir complicações em sua saúde.

Confira também o texto sobre infertilidade masculina e conheça as diversas causas e os fatores de risco para essa condição.

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.