Você sabe a partir de quando um teste de gravidez pode dar positivo? A gravidez é iniciada, de fato, a partir do contato do embrião, o produto da fecundação do óvulo e espermatozoide, com o tecido do útero chamado de endométrio. A esta fase dá-se o nome de nidação ou implantação embrionária.
A nidação começa em torno do sexto dia após a fecundação. Assim que o embrião adere ao útero materno, ele começa a produzir substâncias para se manter ali até o final da gestação: o hCG, sigla para gonadotrofina coriônica humana. É assim que começa a gravidez!
Você sabe como é possível detectar o hCG no organismo materno? Se o resultado for positivo, sabe o que pode indicar? Então, continue acompanhando nosso post. Vamos falar sobre tudo isso a seguir!
Quais são as formas de medir o hCG?
Atualmente, o diagnóstico de gravidez é cada vez mais preciso, já que novos métodos de confirmação estão sendo lançados e têm resultados com índices altos de eficácia, como o ultrassom e a dosagem de hormônios.
A dosagem do hCG é atualmente o método inicial solicitado pelos médicos quando há suspeita de uma gravidez. Ou seja, quando a mulher nota um atraso menstrual e outras alterações em seu corpo, como a sensação dolorosa nas mamas, geralmente ela procura um médico ou recorre à farmácia em busca de um teste de gravidez.
Esse teste consiste em detectar a presença ou não do hCG na urina e informa apenas se o resultado é positivo ou negativo. Muitas vezes, o teste acusa resultados incorretos quando feitos precocemente, pois, no início da gestação, a quantidade de hCG pode ser insuficiente para positivar o exame.
Dessa forma, existe uma maneira mais eficiente de se dosar o hCG, que é detectar o Beta hCG no sangue materno. O Beta hCG é uma porção específica da gonadotrofina coriônica humana que está presente apenas nesse hormônio e, quando positivo (forma qualitativa) e acima dos valores de referência (forma quantitativa, expressa em números) no exame de sangue, confirma que houve a nidação.
Como interpretar o exame de Beta hCG?
O Beta hCG pode ser detectado no sangue de uma mulher grávida entre o 8º e o 11º dia após a concepção. Seus níveis aumentam rapidamente ao passar dos dias, atingindo um pico entre 9 a 12 semanas (em torno de 90 dias).
Os valores variam da seguinte forma:
- mulheres não grávidas ou com menos de 3 semanas de gravidez: menor que 5 mIU/ml;
- gravidez presente, em torno de 3 semanas: entre 5 e 50 mIU/ml;
- 4 semanas: entre 5 e 426 mIU/ml;
- 5 semanas: entre 18 e 7.340 mIU/ml;
- 6 semanas: entre 1.080 e 56.500 mIU/ml;
- 7 a 8 semanas: entre 7.650 e 229.000 mIU/ml;
- 9 a 12 semanas (pico do Beta hCG): entre 25.700 e 288.000 mIU/ml;
- 13 a 16 semanas: entre 13.300 e 254.000 mIU/ml;
- 17 a 24 semanas: entre 4.060 e 165.400 mIU/ml;
- 25 a 40 semanas: entre 3.640 e 117.000 mIU/ml.
O que o resultado positivo pode indicar?
Em uma gestação de boa evolução, e com o saco gestacional dentro do útero, o esperado é que os valores do Beta hCG dobrem a cada dois dias. Assim, podemos acompanhar a evolução da gravidez com ótima sensibilidade, quando necessário.
Além da gestação, um resultado positivo do exame de Beta hCG pode ser o primeiro sinal de gravidez ectópica, aquela que acontece fora da cavidade uterina, mais comumente nas tubas uterinas, onde ocorre a fecundação.
Nessa condição, o teste de gravidez também será positivo, mas ao ultrassom não haverá saco embrionário aderido ao endométrio. Outra condição que a dosagem de Beta hCG pode ser utilizada é após um abortamento. Nesse caso, espera-se que seus níveis reduzam após a perda do feto.
Para interpretar os resultados de seu exame, a forma mais segura e adequada é fala com o seu médico ginecologista.
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