O sêmen, também chamado de esperma, é formado por uma mistura de substâncias produzidas pelo sistema reprodutor masculino. Elas são produzidas pelas vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais e se misturam com os espermatozoides para formar um líquido esbranquiçado e viscoso. A sua função é fundamental: transportar, proteger e nutrir os gametas para a fecundação.
O esperma leva os espermatozoides até o corpo da mulher, logo, a presença de alguma alteração seminal pode comprometer a fertilidade conjugal e dificultar a gravidez. Cerca de 80% do volume ejaculado é produzido nas vesículas seminais, por isso, ela será o destaque deste artigo.
Se você se interessa por esse tema, continue a leitura. Vamos mostrar o que são as vesículas seminais e como elas podem afetar a fertilidade masculina. Confira!
Quais substâncias compõem o sêmen?
O sêmen é formado por espermatozoides e pelos fluidos seminais, que são produzidos pelas glândulas anexas: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Ele é composto por muitas substâncias, entre elas: aminoácidos, frutose, enzimas, vitaminas, proteínas, ácido cítrico, minerais, colesterol e zinco.
Os espermatozoides são produzidos nos testículos e finalizam o processo de maturação nos epidídimos, local onde são armazenados até o momento da ejaculação. Há cerca de 15 a 500 milhões de espermatozoides a cada mililitro de sêmen nos homens férteis.
Quando o homem é estimulado sexualmente, os gametas seguem dos epidídimos para os ductos deferentes. Em seguida, eles são transportados até as vesículas seminais e a próstata, onde se misturam com o líquido seminal e o líquido prostático para formar o sêmen. Ao chegar na uretra, última etapa antes de o esperma ser ejaculado, a secreção produzida pelas glândulas bulbouretrais também é adicionada.
O líquido prostático é produzido pela próstata, localizada entre o pênis e a bexiga. A sua função é proteger os espermatozoides e ajudar na sua motilidade. Por ser alcalino, ele consegue preservar os gametas masculinos da acidez natural da vagina. Assim, o tempo de vida deles será maior, aumentando as chances de a fecundação acontecer.
O líquido bulbouretral é secretado pelas glândulas bulbouretrais, localizadas próximas da próstata e da uretra. Elas são do tamanho de uma ervilha e contribuem com cerca de 5% do fluido seminal. O líquido produzido é responsável pela nutrição e proteção dos espermatozoides. Além disso, as glândulas bulbouretrais produzem um muco que é expelido antes da ejaculação para limpar a uretra e lubrificar o pênis.
O que são as vesículas seminais?
As vesículas seminais são duas glândulas localizadas um pouco acima da próstata, entre o fundo da bexiga e o reto. Cerca de 80% do volume do sêmen é composto pelo líquido produzido pelas vesículas seminais.
Elas produzem o líquido seminal, composto por vários nutrientes, entre eles, a frutose. A sua principal função é fornecer energia para os espermatozoides chegarem até o óvulo e fecundá-lo. Além disso, ele também é importante para facilitar a mobilidade dos gametas.
O baixo índice de frutose no sêmen, ou a sua ausência, podem indicar um problema nas vesículas seminais ou uma obstrução no ducto ejaculatório, podendo causar infertilidade.
Qual a importância das vesículas seminais na fertilidade masculina?
O esperma é composto por várias substâncias que, juntas, visam nutrir, fornecer energia e proteger os espermatozoides para que a fecundação aconteça. Todas elas são fundamentais para que eles tenham capacidade de fecundar o óvulo. Desse modo, tanto problemas nos gametas, quanto no fluido seminal podem comprometer a fertilidade masculina.
Um dos fatores que podem dificultar a gravidez é a presença de infecções nas vesículas seminais do parceiro. Elas provocam um processo inflamatório na região, causando obstruções nos ductos ejaculatórios. O aparecimento desse problema diminui o volume de sêmen ejaculado e, em casos graves, pode causar até a ausência de sêmen na ejaculação.
O principal exame para investigar a infertilidade masculina é o espermograma, realizado por meio de uma amostra coletada por masturbação pelo paciente. O sêmen é analisado segundo diversos critérios, macro e microscópicos, que são comparados com os parâmetros definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre eles, temos:
- Coloração;
- Viscosidade;
- Volume;
- pH;
- Concentração de espermatozoides;
- Motilidade;
- Morfologia;
- Vitalidade.
Para a confirmação do diagnóstico, é importante que o paciente faça o espermograma mais de uma vez com amostras obtidas em momentos diferentes para garantir um resultado mais preciso.
O sêmen é composto pelos espermatozoides, as células reprodutoras masculinas, e fluidos produzidos pelas vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Ele é rico em nutrientes, como vitaminas, minerais, açúcares, aminoácidos e proteínas. A maior parte do fluido seminal é produzida pelas vesículas seminais, cuja principal função é fornecer energia para os espermatozoides fecundarem o óvulo.
Como vimos, o espermograma é o exame mais indicado para investigar a infertilidade masculina. Ele avalia diversos aspectos macro e microscópicos do esperma para identificar a presença de alguma doença ou condição que pode comprometer a fertilidade do paciente.
Para saber como ele é realizado, confira o nosso texto sobre espermograma!