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O que é DuoStim?

Por Equipe Origen

Publicado em 19/06/2024

O DuoStim ou duplo estímulo é um protocolo de estimulação ovariana realizado nos tratamentos de reprodução com fertilização in vitro (FIV). É uma indicação para mulheres que têm baixa resposta ao protocolo convencional de estímulo hormonal ou que necessitam de uma quantidade maior de óvulos para preservação ou tratamento.

Para falar sobre estimulação ovariana e DuoStim, precisamos começar este texto explicando, sumariamente, o papel do ciclo menstrual na fertilidade. Trata-se de um processo biológico complexo, que ocorre no corpo da mulher todos os meses. Uma das etapas mais importantes desse ciclo é a liberação do óvulo, conhecida como ovulação.

Quando o óvulo é liberado do ovário, as fímbrias da tuba uterina se movimentam e fazem a captação dessa célula. Dentro da tuba, o óvulo poderá ser fecundado por um espermatozoide, formando um embrião, que precisará se implantar no útero para dar início à gestação.

Nos ciclos naturais (não estimulados), geralmente um único óvulo é liberado em cada ovulação. Em tratamentos de reprodução assistida, sobretudo a FIV, é necessário desenvolver vários óvulos para aumentar as chances de gravidez.

Partindo dessas informações, prossiga com a leitura e compreenda o que é DuoStim!

O que é estimulação ovariana?

A estimulação ovariana é uma técnica utilizada na etapa inicial dos tratamentos de fertilidade, com o objetivo de aumentar o número de óvulos desenvolvidos pelos ovários. É particularmente importante para mulheres com disfunções ovulatórias, mas também é realizada por casais com diferentes fatores de infertilidade, para ter mais chances de fertilização.

De modo resumido, a estimulação ovariana é feita com medicações com ação semelhante à dos hormônios produzidos no corpo da mulher, administradas via oral ou com injeções. Esses fármacos intensificam a função dos ovários, levando ao desenvolvimento de vários folículos, que são pequenas bolsas preenchidas por líquido e que contêm os oócitos ou óvulos.

Conforme crescem, os folículos ovarianos são monitorados com exames de ultrassonografia pélvica e dosagens hormonais. Ao atingirem o tamanho adequado, os folículos são induzidos à maturação final e à ruptura, eventos que precedem a ovulação.

Em técnicas de baixa complexidade (relação sexual programada e inseminação artificial), a mulher ovula cerca de 36 horas após receber os hormônios indutores. Na FIV, que segue um processo mais complexo, o líquido dos folículos ovarianos é aspirado antes da ovulação e os óvulos são coletados no laboratório para a fertilização.

São administradas diferentes doses de medicações hormonais, a depender da técnica de reprodução assistida escolhida. Na baixa complexidade, a estimulação é mais suave, feita com doses menores, objetivando o desenvolvimento de poucos folículos (no máximo 3) para evitar gestação gemelar.

Na FIV, a estimulação ovariana é mais intensa, pois quanto mais óvulos coletados, mais chances de sucesso no tratamento. Além disso, há diferentes protocolos, indicados de acordo com as características de cada paciente, incluindo idade, estado da reserva ovariana, resposta às medicações etc. Esses protocolos distintos incluem o DuoStim e o TetraStim.

Como funciona o DuoStim?

O DuoStim se difere do protocolo convencional de estimulação ovariana, pois consiste em dois disparos de ovulação em um mesmo ciclo menstrual. Antes de optar por um ou outro método, é preciso que a mulher faça exames para avaliação da reserva ovariana, que são úteis para predizer a resposta dos ovários de acordo, principalmente, com a contagem dos folículos antrais e a dosagem do hormônio antimülleriano.

No protocolo convencional, normalmente indicado para mulheres que podem apresentar boa resposta à medicação, é feito somente um estímulo, que começa no início do menstrual e dura cerca de 10-12 dias.

O DuoStim pode ser uma melhor alternativa para mulheres que têm baixa reserva ovariana, que tiveram resposta pobre à estimulação clássica ou que necessitam ou desejam uma maior quantidade de óvulos preservados, como as que vão realizar cirurgias ovarianas e tratamentos para câncer, também podem precisar desse método.

Como dito, dois disparos de ovulação são feitos no mesmo ciclo menstrual quando se emprega o DuoStim: a primeira estimulação é realizada na fase inicial do ciclo, os óvulos são coletados cerca de 10-12 dias após o início do estímulo hormonal e são congelados; 5 dias depois, começa a segunda estimulação. Em ambas as punções, é possível encontrar óvulos viáveis.

Um protocolo mais recente e que apresenta bons resultados no caso de pacientes com baixa resposta ovariana é o TetraStim. Com esse método, são realizados 4 estímulos mínimos consecutivos, com baixas doses de hormônios. Cada coleta é seguida de congelamento, permitindo formar uma reserva de óvulos.

Por que há diferentes protocolos de estímulo ovariano na FIV?

A FIV é um tratamento que passa por um complexo processo, começando pela estimulação ovariana e seguindo com outras várias etapas, que incluem: punção dos óvulos; coleta do sêmen e preparo seminal; fertilização; cultivo dos embriões; transferência embrionária para o útero.

Diferentes protocolos de estímulo são empregados na FIV porque cada casal tem seus fatores específicos de infertilidade e cada paciente é única. A estimulação ovariana convencional pode ser eficaz para coletar múltiplos óvulos de algumas mulheres, enquanto outras respondem melhor ao DuoStim e outras, ainda, podem se beneficiar do TetraStim para formar um bom banco de óvulos.

Seja com DuoStim, seja com outro protocolo, o importante na reprodução assistida é sempre individualizar. Esse é um ponto-chave, pois podemos aumentar as chances de chegar a um resultado positivo ao personalizar o tratamento, com base nas causas de infertilidade, características e necessidades específicas de cada casal.

Leia agora o texto que explica, em detalhes, como funciona a estimulação ovariana com TetraStim!

Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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