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O que é histeroscopia?

Por Equipe Origen

Publicado em 17/03/2025

Nos últimos anos, os avanços em recursos diagnósticos e cirúrgicos têm transformado a medicina reprodutiva e os tratamentos para infertilidade, que têm oferecido métodos cada vez mais eficazes e minimamente invasivos. 

Dentre essas inovações, a histeroscopia se destaca como uma das melhores opções tanto para diagnóstico quanto para intervenção cirúrgica no útero, já que permite uma visualização direta do interior desse órgão, possibilitando diagnósticos precisos e a realização de tratamentos em um único ato.

Neste artigo, vamos falar sobre a histeroscopia e suas modalidades diagnóstica e cirúrgica, como ferramentas fundamentais na abordagem de condições uterinas, inclusive associadas à infertilidade.

O que é histeroscopia?

A histeroscopia é um procedimento médico que permite ao médico visualizar o interior do útero utilizando um instrumento chamado histeroscópio, inserido através da vagina e do colo do útero para uma visão direta da cavidade uterina sem a necessidade de cortes.

O histeroscópio é um dispositivo derivado do endoscópio, que é o instrumento usado para explorar o interior de órgãos ocos ou cavidades do corpo humano, como o estômago. Assim como o endoscópio, o histeroscópio possui uma câmera miniaturizada e uma luz de alta intensidade que permite visualizar detalhes precisos do tecido interno em imagens transmitidas para uma tela.

Os dois aparelhos possuem canais por onde instrumentos cirúrgicos podem ser inseridos, permitindo que o médico, além de observar, também realize procedimentos terapêuticos, como biópsias.

Durante a histeroscopia, um fluido ou gás é introduzido no útero para expandi-lo, o que facilita a visualização das paredes uterinas. Isso é necessário porque o útero é um espaço normalmente colapsado, diferente do trato gastrointestinal, onde o endoscópio consegue avançar em um espaço mais aberto.

Existem duas modalidades de histeroscopia, sobre as quais vamos falar mais profundamente a seguir.

Histeroscopia diagnóstica

A histeroscopia diagnóstica é um procedimento minimamente invasivo que permite a visualização do interior da cavidade uterina sem a necessidade de corte, utilizado para o diagnóstico de condições como pólipos, miomas, lesões endometriais, aderências e malformações uterinas. 

Realizada em muitos casos em ambiente ambulatorial, como consultórios médicos ou clínicas, a histeroscopia não costuma exigir anestesia geral. Em muitos casos, a mulher pode receber um analgésico leve ou um sedativo, mas somente para garantir maior conforto durante o exame. 

Para iniciar, a paciente é posicionada em uma cadeira ginecológica, semelhante à utilizada em exames ginecológicos comuns. O médico insere o histeroscópio pela vagina e, em seguida, pelo colo do útero, até chegar à cavidade uterina.

Uma vez que o histeroscópio está posicionado, a câmera transmite imagens em tempo real para um monitor, possibilitando ao médico observar com clareza a cavidade uterina. 

O procedimento costuma durar de cinco a quinze minutos, destacando-se por sua rapidez e pela ausência de necessidade de internação e, após a histeroscopia, é possível retornar rapidamente às atividades normais, embora algumas mulheres possam experimentar cólicas leves ou um leve sangramento vaginal por um ou dois dias. 

Histeroscopia cirúrgica

Já a histeroscopia cirúrgica é um procedimento mais complexo, que não apenas permite a visualização do interior da cavidade uterina, mas também possibilita a realização de intervenções terapêuticas para tratar problemas identificados durante a histeroscopia diagnóstica. 

Antes de iniciar a histeroscopia cirúrgica, a mulher passa por uma avaliação pré-operatória, que pode incluir exames laboratoriais e uma revisão do histórico médico.

O procedimento é realizado em um ambiente controlado, geralmente em uma sala de cirurgia ambulatorial ou hospitalar, onde equipamentos adequados e uma equipe médica especializada estão disponíveis, já que a histeroscopia cirúrgica normalmente é realizada sob anestesia local ou geral.

A paciente é posicionada em uma cadeira ginecológica e o histeroscópio é inserido da mesma forma que na versão diagnóstica, até alcançar a cavidade uterina. A principal diferença é que, durante a cirurgia, o médico pode utilizar instrumentos cirúrgicos, introduzidos através do canal do histeroscópio, que permitem a remoção de tecidos anormais ou a correção de anomalias. 

Nesses casos, para facilitar a visualização e o acesso à cavidade uterina, é comum que um fluido (como solução salina) seja utilizado para distender o útero.

O tempo de duração da histeroscopia cirúrgica pode variar, mas geralmente leva entre 20 e 60 minutos e, após a conclusão, a mulher é monitorada por um breve período para garantir que não haja complicações. Muitas vezes, a alta pode ocorrer no mesmo dia, mas em alguns casos, pode ser necessário um período de observação mais prolongado.

Após a histeroscopia cirúrgica, é comum que a paciente experimente cólicas leves e algum sangramento vaginal, que geralmente se resolvem em poucos dias. No entanto, o médico deve fornecer orientações sobre os cuidados pós-operatórios e pode prescrever analgésicos.

Histeroscopia e o diagnóstico de infertilidade

Por sua capacidade de permitir tanto uma avaliação detalhada do útero, como intervenções nesse órgão, a histeroscopia pode ser determinante no diagnóstico de infertilidade, que pode ser causada por uma variedade de fatores, inclusive problemas estruturais ou funcionais no útero.

Como além de servir como um método diagnóstico, a histeroscopia também pode ser terapêutica, o médico pode realizar intervenções no mesmo procedimento, especialmente a remoção de pólipos ou miomas e a correção de sinequias e malformações, melhorando as chances de concepção, evitando a necessidade de cirurgias mais complexas e oferecendo um tratamento mais rápido e eficaz.

Outra utilização mais recente é a biopsia endometrial com estudo imuno-histoquímico para o diagnóstico de endometrite.

Reprodução assistida após a histeroscopia

A FIV (fertilização in vitro) e a IA (inseminação artificial) são duas opções de tratamento para a infertilidade que podem ser consideradas após a realização de uma histeroscopia, especialmente quando as condições uterinas que afetam a fertilidade foram identificadas e tratadas, mas a fertilidade não foi restaurada.

A IA é um procedimento que envolve a introdução de espermatozoides diretamente no útero da mulher durante o período fértil, aumentando a probabilidade de que eles se encontrem com o óvulo. 

Este método é frequentemente recomendado em casos de infertilidade leve a moderada, como em situações em que há problemas de ovulação, mas não necessariamente para infertilidade por fatores uterinos, já que não há intervenção nesse órgão.

Ou seja, se após a histeroscopia não foram identificadas anomalias uterinas graves que exigem uma abordagem mais complexa, a IA pode ser uma opção válida, sempre levando-se em conta a idade da mulher e quantos filhos deseja ter.

Nesse contexto, a FIV é um método mais complexo, que envolve a fertilização do óvulo com o espermatozoide em laboratório, criando embriões que são posteriormente implantados no útero da mulher – e por isso pode ser indicada quando os fatores de infertilidade estão associados ao útero, além de obstruções tubárias e anovulação. Também pode ser indicada em casos que a mulher tem 35 anos ou mais e deseja mais de um filho.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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