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Motilidade do espermatozoide e fertilidade masculina

Por Equipe Origen

Publicado em 30/07/2024

Quando se trata de questões relacionadas à fertilidade, muitas vezes a atenção se volta para a mulher, embora a fertilidade masculina também tenha seu papel crucial na concepção – e um desses aspectos essenciais a serem considerados é a motilidade do espermatozoide.

Isso porque espermatozoides com boa motilidade têm maior probabilidade de alcançar o óvulo e fertilizá-lo com sucesso, ao passo que, no caso de problemas de motilidade (astenozoospermia), a fertilidade masculina é prejudicada.

Felizmente, a reprodução assistida pode oferecer esperança e soluções para casais com problemas de motilidade espermática que desejam ter um filho.

Neste artigo, discutiremos o que é e a importância da motilidade do espermatozoide e como ela pode estar relacionada à fertilidade masculina.

Entenda melhor o que é o espermatozoide

Antes de explorarmos a motilidade do espermatozoide, é importante compreender o que é esta célula e onde ela está no trajeto para a fecundação: o esperma um composto de fluidos seminais e as células reprodutivas masculinas propriamente ditas, os espermatozoides.

Esses fluidos seminais são produzidos pelas glândulas anexas – próstata, vesículas seminais e glândulas bulbouretrais –, que produzem substâncias alcalinas para neutralizar a acidez do ambiente vaginal, proporcionando um ambiente favorável para os espermatozoides, e fornecer nutrientes, que servem como fonte de energia para os espermatozoides durante sua jornada em direção ao óvulo.

Os espermatozoides, por sua vez, são as células reprodutivas masculinas especializadas. Eles são produzidos no processo chamado espermatogênese, que ocorre nos testículos, quando as células germinativas passam por uma série de divisões celulares e transformações, resultando na formação de espermatozoides maduros.

Cada espermatozoide é estruturado em três partes: cabeça, peça intermediária e cauda. A cabeça contém o material genético, incluindo os cromossomos responsáveis pela transmissão dos traços hereditários, enquanto a cauda é responsável pela movimentação do espermatozoide, permitindo que ele nade em direção ao óvulo – recebendo energia da peça intermediária

É importante destacar que a produção de espermatozoides ocorre em grande quantidade e de forma contínua, ao longo da vida de um homem adulto. Esse processo contínuo de produção de espermatozoides é essencial para manter a fertilidade masculina.

O que é a motilidade do espermatozoide?

Os espermatozoides possuem uma estrutura única que lhes confere habilidades especiais. A cauda, por exemplo, é essencial para a motilidade espermática, que se refere à capacidade dos espermatozoides de se moverem de forma coordenada e progressiva.

Essa motilidade é um fator crucial para a fertilização, uma vez que os espermatozoides precisam nadar em direção ao óvulo para que ocorra a fecundação. A habilidade de se moverem de maneira adequada e eficiente também é fundamental para que os espermatozoides possam superar as barreiras do trato reprodutivo feminino.

A motilidade do espermatozoide pode ser classificada em categorias, como progressiva e não progressiva. A motilidade progressiva refere-se à capacidade dos espermatozoides de se movimentarem em uma trajetória direcionada, enquanto a motilidade não progressiva indica que os espermatozoides estão se movendo, mas sem avançar em uma direção única.

Qual a relação entre a motilidade do espermatozoide e a fertilidade masculina?

Quando os espermatozoides são ejaculados, eles enfrentam um caminho desafiador até chegar ao óvulo. Eles precisam nadar através do colo do útero, do útero e das tubas uterinas, onde ocorre a fertilização – e, para isso, a motilidade adequada é crucial para superar as barreiras físicas e químicas ao longo do caminho.

Consequentemente, a baixa motilidade espermática está associada a taxas reduzidas de fertilização e gravidez: quando os espermatozoides apresentam motilidade comprometida, eles têm dificuldade em percorrer o caminho até o óvulo, o que diminui suas chances de alcançá-lo e fertilizá-lo.

Além disso, mesmo que alguns espermatozoides consigam alcançar as tubas uterinas, onde o óvulo normalmente se encontra para a fecundação, a motilidade também é importante para a penetração do espermatozoide no óvulo.

Dificuldades associadas à motilidade podem dificultar a capacidade do espermatozoide de atravessar a camada externa do óvulo, chamada de zona pelúcida, e de fundir-se com o óvulo para formar um embrião.

É essencial ressaltar que a motilidade do espermatozoide não é o único fator determinante da fertilidade masculina: outros aspectos, como a concentração de espermatozoides e a morfologia, também desempenham papéis importantes na fertilidade masculina.

Como a reprodução assistida pode ajudar

Para casais que enfrentam problemas na fertilidade masculina relacionados à baixa motilidade do espermatozoide, a reprodução assistida oferece opções de tratamento promissoras.

Quando a oligozoospermia é leve ou moderada e a parceira com idade de 35 anos ou menos deseja mais de um filho, uma das opções é a IA (inseminação artificial), em que os espermatozoides são preparados em laboratório por meio do que chamamos de preparo seminal. Esse processo envolve a seleção dos espermatozoides de melhor qualidade, concentrados em uma pequena quantidade de fluido seminal preparado por centrífuga.

Em seguida, os espermatozoides preparados são colocados diretamente no útero da mulher, próximo ao momento da ovulação, aumentando as chances de que os espermatozoides alcancem o óvulo, por terem sido selecionados aqueles com melhor motilidade para a transferência.

Outra opção é a FIV (fertilização in vitro), em que os espermatozoides são coletados, como na IA, mas são utilizados para fecundar um óvulo também coletado previamente, em ambiente controlado (laboratório).

Como a fertilização ocorre por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide), a motilidade do espermatozoide não é necessária para romper a zona pelúcida, o que é feito pela agulha da ICSI – permitindo a formação de embriões viáveis.

Os embriões resultantes são então transferidos para o útero da mulher, com o objetivo de implantar e iniciar uma gravidez.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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Anúncios em redes sociais e sites têm veiculado notícias falsas relacionadas ao recebimento de doações de gametas masculinos e femininos pela Origen. A clínica jamais recebeu doações de espermatozoides ou óvulos.