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Corpo-lúteo e progesterona: qual é a relação e a importância para a fertilidade feminina

Por Equipe Origen

Publicado em 16/08/2024

Os hormônios são mensageiros químicos, substâncias responsáveis por regular diferentes funções no organismo, incluindo a reprodutiva. São produzidos por glândulas que compõem o sistema endócrino, incluindo as glândulas ou gônadas sexuais de mulheres e homens.

A progesterona e o estrogênio, por exemplo, os dois principais hormônios das mulheres são produzidos nos ovários, gônadas que também abrigam os folículos ovarianos, estruturas que contêm os óvulos imaturos, células sexuais com as informações genéticas. Atuam, juntos, em diferentes etapas, como a puberdade e a gravidez.

Uma das funções da progesterona é regular o ciclo menstrual, além de ser fundamental para o início e manutenção da gravidez e atuar durante o período gestacional. Ajuda, por exemplo, a suprimir as contrações uterinas para evitar o trabalho de parto prematuro e garantir que o feto permaneça com segurança no útero até o nascimento. Contribui, ainda, na preparação das mamas para lactação.

A ação da progesterona no ciclo menstrual, entretanto, é que vai permitir o início da gravidez, e isso acontece com auxílio do corpo-lúteo, uma glândula endócrina temporária. O equilíbrio dos seus níveis, por outro lado, é fundamental para que sua função seja adequadamente cumprida e, consequentemente, para a fertilidade das mulheres.

Acompanhe a leitura do texto até o final para entender em detalhes a relação corpo-lúteo e progesterona e sua importância para a fertilidade feminina.

Ciclo menstrual

Ciclo menstrual, é o termo científico utilizado para definir as alterações fisiológicas que preparam o corpo feminino para uma possível gravidez. Começa na puberdade, com a primeira menstruação e se encerra na menopausa com a última. Durante esse intervalo, que delimita a fase reprodutiva das mulheres, ocorre continuamente regulado por diferentes hormônios, cuja produção é orientada pela eixo hipotálamo-hipófise-gônadas, os ovários.

Dividido em três fases, se inicia no primeiro dia da menstruação. Veja, abaixo, o que acontece em cada uma:

1ª fase – folicular

Na fase folicular o hipotálamo secreta o hormônio liberador de gonadotrofinas, estimulando a hipófise a liberar as gonadotrofinas FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante, que viajam pela corrente sanguínea até os ovários.

O FSH atua nos recrutamento e crescimento de vários folículos ovarianos, enquanto o LH promove o amadurecimento do que se destaca, folículo dominante, bem como estimula suas células a produzirem testosterona, convertida em estrogênio pelo FSH.

O estrogênio, inicia o preparo do endométrio, tecido epitelial que reveste o útero internamente, tornando-o mais espesso a vascularizado para receber um possível embrião formado na fecundação. Essas características vão permitir que ele se implante, quando se fixa ao endométrio para dar início à gestação, e a troca de nutrientes com a mãe pela corrente sanguínea até a formação da placenta.

2ª fase – ovulatória

A fase ovulatória acontece aproximadamente no 14º dia de um ciclo menstrual normal, de 28 dias. Um pico de estrogênio estimula o aumento dos níveis de LH, induzindo o amadurecimento final do folículo dominante e seu óvulo, bem como seu rompimento para liberação do óvulo na ovulação.

3ª fase – lútea

Na última fase do ciclo menstrual, as células resquiciais do folículo rompido transformam-se em corpo-lúteo, uma glândula endócrina temporária, também conhecido como corpo amarelo. Entenda a seguir a relação do corpo-lúteo e progesterona e sua importância para a fertilidade feminina.

Corpo-lúteo, progesterona e fertilidade feminina

A principal função do corpo-lúteo é secretar progesterona, hormônio responsável por finalizar o preparo do endométrio, estratificando o processo iniciado pelo estrogênio, tornando-o receptivo ao embrião.

Após a implantação do embrião, a progesterona garante a manutenção da gravidez, se não houver fecundação, por outro lado, o corpo-lúteo degenera e os níveis hormonais diminuem, provocando a descamação do endométrio, a menstruação e o início de um novo ciclo menstrual.

Se a fecundação for bem-sucedida, por outro lado, o corpo-lúteo continua a secretar progesterona até que a placenta seja formada, o que acontece na 8ª semana de gestação, assumindo, gradualmente, a função do corpo-lúteo.

Os níveis de progesterona, continuam a aumentar durante o primeiro trimestre de gravidez, são mais altos no terceiro trimestre e permanecem elevados até o nascimento do futuro bebê.

O corpo-lúteo, portanto, é necessário para a secreção de progesterona, hormônio essencial para a fertilidade feminina. O desequilíbrio dos seus níveis compromete o preparo adequado do endométrio, resultando em falhas na implantação do embrião e abortamento, muitas vezes de repetição, condição em que a perda da gravidez antes da 22ª semana ocorre por mais de duas vezes consecutivas, caracterizando infertilidade feminina.

Infertilidade e reprodução assistida

Mulheres com quadros de abortamento de repetição, se necessário, podem contar com auxílio da FIV, fertilização in vitro, para ter filhos biológicos.

Técnica mais avançada da reprodução assistida, a FIV prevê a fecundação e o desenvolvimento dos embriões formados em laboratório, posteriormente transferidos diretamente ao útero materno após alguns dias de desenvolvimento.

Antes da transferência, é possível preparar adequadamente o endométrio para receber o embrião, o que é feito com medicamentos hormonais sintéticos semelhantes aos naturais, incluindo a progesterona.

Para isso, todos os embriões formados em um ciclo são congelados, técnica complementar à FIV denominada freeze-all, e transferidos apenas no ciclo seguinte. Também pode ser utilizada a técnica de PGT-A para selecionar os embriões mais viáveis.

Os percentuais de sucesso gestacional quando a transferência é feita com embriões frescos e congelados são os mesmo e a FIV registra os mais altos da reprodução assistida, sendo responsável pelo nascimento de milhares de crianças saudáveis, anualmente, no mundo todo.

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Importante Este texto tem apenas caráter informativo e não substitui a avaliação médica individualizada. Atualizamos nosso conteúdo com frequência, mas o conhecimento médico e a ciência evoluem rapidamente, por isso alguns conteúdos podem não refletir as informações mais recentes. Dessa forma, a consulta médica é o melhor momento para se informar e tirar dúvidas. Além disso, podem existir diferenças plausíveis baseadas em evidências científicas nas opiniões e condutas de diferentes profissionais de saúde.

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